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O ginásio fervilhava. A energia da torcida da Nekoma era palpável, como um rugido contido prestes a explodir. Kenma, impassível como sempre, observava o aquecimento da equipe em silêncio. Ele analisava os movimentos dos adversários, buscando falhas, prevendo estratégias. No entanto, uma parte do seu foco estava em outro lugar.
Seus olhos, apesar de fixos no jogo, vaguearam pela arquibancada em busca de um rosto familiar. Minsi. A garota que o havia hipnotizado com sua transformação em cosplay, que o intrigava com sua inteligência e paixão pelos jogos. Ele não conseguia parar de pensar nela desde a live.
Durante os jogos, a mente de Kenma era normalmente um campo de batalha estratégico, calculista e frio. No entanto, as imagens da Minsi, confiante e poderosa, perturbaram sua concentração. Ele se viu imaginando como seria vê-la na arquibancada, como sua voz animada soaria incentivando sua equipe.
A partida começou, um turbilhão de saques, bloqueios e ataques. A Nekoma jogava impecavelmente, com Kenma controlando cada lance como um mestre de xadrez. Mas a busca por Minsi persistia. Ele a procurava em cada canto da arquibancada, entre os torcedores agitados, mas não havia sinal dela.
O jogo ficou mais intenso, o nível de ansiedade aumentando a cada pontuação. Mas a ausência de Minsi pesava em Kenma. Ele se via incapaz de se concentrar na estratégia do jogo, com sua mente agitada por uma sensação de desapontamento que ele não conseguia explicar.
Enquanto a partida avançava, Kenma tentou se convencer de que era apenas uma fantasia irracional. Minsi não precisava estar ali para que ele jogasse bem. Mas a ausência dela era um fardo incrível, pesando sobre ele como uma névoa densa.
No final, a Nekoma venceu a partida, seus esforços coroados de sucesso. Kenma, no entanto, não celebrara com a equipe como de costume. Ele se retirou do ginásio em silêncio, com o coração pesado. Ele ainda buscava Minsi entre os torcedores, sem sucesso. Ela não estava lá, e o desapontamento ardente em seu peito era a única coisa em que conseguia pensar.
Minsi tinha se tornado um fantasma em sua mente, uma presença intrigante que o tornava incapaz de se concentrar em qualquer outro assunto que não fosse ela. Ele não tinha certeza do que esse sentimento significava, mas uma coisa era certa: ele tinha que ver Minsi novamente. E dessa vez, ele tinha que ser o próprio a procurá-la.
[…]
Kenma caminhava pela rua, o peso da ausência de Minsi ainda o carregando. Ele se sentia frustrado, a energia do jogo se dissipando como fumaça. Foi então que viu Nishinoya, caminhando na sua direção com um sorriso aberto.
