Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Os dias que se seguiram passaram rapidamente. Entre os treinos e jogos da Nekoma, Kenma estava praticamente esgotado, e qualquer tempo livre que ele tinha, ele o gastava tentando relaxar. Até mesmo suas conversas com Minsi eram limitadas.
À medida que o dia de sábado se aproximava, a irritação de Kenma só crescia, o fato de não poder ver Minsi estava começando a afetá-lo mais do que ele queria admitir.
Por mais exausto que ele estivesse, Kenma ainda acordou bem cedo, antes mesmo do amanhecer. Enquanto se levantava da cama, ele teve um pensamento inesperado, uma ideia que surgiu em sua mente.
Ele rapidamente pegou o celular, abrindo mensagens e abrindo a conversa com a Minsi.
Kenma ficou em silêncio enquanto digitava, sua expressão impassível enquanto ele planejava cuidadosamente as palavras. Ele sentia o cansaço e o estresse dos últimos dias, mas a ideia de vê-la novamente era suficiente para acordá-lo.
Ele finalmente pressionou o botão de enviar, o texto parecendo breve e direto.
"Preciso te ver hoje."
Os minutos pareciam se arrastar enquanto Kenma esperava pela resposta de Minsi. As horas passavam e o sol finalmente nasceu, mas nenhum texto ou chamada em retorno era recebido.
Ele tentou não se preocupar, afinal, ela estava provavelmente dormindo naquela hora do dia. Mas mesmo assim, a ansiedade começava a surgir, especialmente levando em conta a importância do jogo daquela noite.
A falta de contato, tanto online quanto pessoalmente, o deixava inquieto. Ele tentava justificar a ausência dela com a correria da vida, mas uma pontada de apreensão o incomodava.
Chegando ao ginásio, a atmosfera fervilhava de energia e expectativa. Os torcedores da Nekoma, com seus gritos e bandeiras, criavam um mar de entusiasmo. Kenma, com sua habitual expressão apática, se preparava para o jogo.
No entanto, o que ele menos esperava era a presença de Minsi na plateia. E não sozinha. Ao lado dela, um garoto alto, de cabelos castanhos e olhos azuis intensos, a abraçava de forma íntima, lançando sorrisos contagiosos em sua direção.
A visão de Minsi no ginásio, acompanhada por aquele garoto, foi como uma onda de choque para Kenma. O gesto íntimo, o abraço e as risadas compartilhadas, tudo parecia errado. As expressões alegres de ambos contrastavam fortemente com a apatia de sempre de Kenma.
Ele tentou se concentrar no jogo, no calor do momento, mas era difícil manter o foco com a imagem de Minsi e aquele garoto se repetindo em sua mente.
Kenma sentiu um aperto no peito, algo que ele não conhecia desde a infância. O jeito como o garoto olhava para Minsi, a forma como ela respondia a seus gestos, tudo parecia recheado de intimiidade. Uma sensação de ciúmes o invadiu como um tsunami, surpreendendo-o e deixando-o desconfortável.
Kenma nunca tivera ciúmes antes. Ele se considerava alheio a essa emoção, tão humana e descontrolada. Mas, dessa vez, era diferente. A presença de Minsi em sua vida, a forma como ela o fascinava com sua personalidade, seu jeito peculiar, o deixava vulnerável.
Enquanto o jogo começava, Kenma lutava contra a onda de emoções que o assolavam. Ele tentava concentrar-se na estratégia do jogo, nos movimentos de seus companheiros, mas seus pensamentos voltavam para Minsi e o garoto que estava ao seu lado.
Em meio à pressão do jogo, Kenma tentou manter a apatia usual. No entanto, as imagens de Minsi e aquele garoto se repetiam em sua mente, como uma gravação indesejada. Cada olhada, cada risada compartilhada, cada toque, parecia se gravar em seu cérebro com uma clareza irritante.
Ele tentou se concentrar na estratégia do jogo, nos movimentos dos colegas, mas a cada vez que seu olhar se desviasse, lá estava Minsi, lá estava aquele garoto, seus olhares se cruzando brevemente.
Os minutos se acumulavam, e o jogo caminhava para seu clímax, porém, a atenção de Kenma estava bem longe do resultado da partida. Sua mente estava presa em um torvelinho de emoções desconhecidas: ciúme, frustração e um desejo estranhamente possessivo.
Ele observava Minsi de longe, tentando decifrar seu estado de espírito, tentando entender qual era a relação dela com aquele garoto que parecia tão próximo.
A sensação de ciúmes o deixava irritado, frustrado. Ele não entendia o que estava sentindo, e isso o assustava. Mas, ao mesmo tempo, ele não conseguia ignorar o impacto que Minsi causava em sua vida. Ela o havia despertado para uma nova realidade, uma realidade cheia de emoções que ele acreditava estar isento.
O jogo se desenrolava com intensidade, mas para Kenma, o jogo parecia em segundo plano. Sua mente estava agitada, presa em uma batalha interna entre o desejo de compreender seus próprios sentimentos e o medo de se deixar levar por eles.
Enquanto as vibrações do jogo atingiam seu clímax, com os torcedores vibrando e os jogadores se entregando totalmente à partida, Kenma estava completamente ausente disso tudo. Seu corpo estava no ginásio, mas sua mente estava em outro lugar, dominada pela tormenta de emoções que ele tentava entender.
Às vezes, ele era observado pelos colegas, alguns com expressões preocupadas ou confusas, mas nenhum deles sabia exatamente o que se passava por baixo da apatia fria de Kenma.
A cada lance, a cada ponto marcado pela Nekoma, Kenma sentia uma estranha pressão no peito. Ele era capaz de registrar o jogo, entender as jogadas e reagir de forma apropriada, porém, seu corpo agia em automático, enquanto sua mente estava perdida em pensamentos que nunca havia experimentado antes.
Cada olhada em direção à Minsi e aquele garoto era como uma punhalada, lembrando-o da forma que eles estavam juntos.
Uma hora depois, o jogo finalmente terminava, com a Nekoma saindo vitoriosa por uma diferença pequena na pontuação. Enquanto seus colegas comemoravam e discutiam as jogadas decisivas, Kenma se mantinha solitário, seu olhar vagando pelo ginásio.
Por um momento, seus olhos voltaram-se para a plateia, procurando entre as pessoas, buscando por Minsi.
