𝘼𝙡𝙞𝙣𝙝𝙖𝙢𝙚𝙣𝙩𝙤 𝙢𝙞𝙡𝙚𝙣𝙖𝙧 || Augusto Akio

𝟬𝟬𝟲 - 𝙏𝙝𝙚 𝙨𝙞𝙡𝙫𝙚𝙧 𝙢𝙚𝙙𝙖𝙡𝙡𝙞𝙤𝙣

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Akio POV's.

Eu caminhava lado a lado com S/n pelo corredor do hotel, o silêncio entre nós contrastando com a agitação que sentia por dentro. Meu coração estava inquieto, batendo descompassado como se estivesse prestes a confessar um segredo que há muito guardava. A noite anterior havia sido intensa, mas agora, com a luz do dia, as dúvidas começavam a surgir.

Enquanto subiamos no elevador, não conseguia afastar os pensamentos que me assombravam. Desde o momento em que conheci a jornalista, algo nela me atraía de uma maneira inexplicável. Ela era diferente de todas as outras pessoas que havia conhecido, e isso deixava-me fascinado. Mas, ao mesmo tempo, havia algo em seus olhos, uma sombra de tristeza que não conseguia decifrar completamente. Eu queria conhecê-la melhor, queria estar ao seu lado, mas uma voz interna avisava para ir com calma, para não pressioná-la.

Quando chegaramos ao quarto dela, S/n foi direto para o banheiro, me deixando sozinho na sala. Olhei ao redor, tentando absorver cada detalhe daquele lugar que era um reflexo dela. Mas meus olhos logo foram atraídos por algo que brilhava na mala aberta sobre a cama.

Me aproximei, curioso, e vi um medalhão prateado repousando ali, como se estivesse esperando para ser descoberto. O objeto parecia velho e, ao pegá-lo, uma sensação estranha percorreu meu corpo. Sabia que já havia visto aquele medalhão em algum lugar antes, mas minha mente não conseguia se lembrar exatamente onde -ela não queria me ajudar.

Com cuidado, abri o medalhão e encontrei duas fotos. Uma era de S/n, um pouco mais jovem, talvez ainda no Ensino Médio, com um olhar melancólico que me fez sentir um aperto no coração. A outra foto, embora desfocada, mostrava um garoto cujo rosto não conseguia identificar, mas que parecia importante para ela. Fiquei ali, parado, com o medalhão nas mãos, tentando entender o significado daquilo tudo.

Foi então que ouvi a torneira do banheiro sendo desligada, e o som me trouxe de volta à realidade. Fechei o medalhão rapidamente, colocando-o de volta na mala, mas a dúvida já estava plantada na mente.

O que aquele objeto significava para S/n? Quem era aquele homem? E por que sentia que havia algo entrelaçado entre nós que eu não compreendia?

Quando ela saiu do banheiro, me encontrou já de pé, prestes a sair. Ela parecia surpresa e um pouco desapontada, e eu me odiei por isso. Mas as emoções que sentia agora eram conflitantes demais para que ficasse ali, como se nada tivesse acontecido.

-Você já vai? - a pergunta dela me atingiu como um golpe, mas tentei manter a compostura.

-Eu... preciso resolver umas coisas. Te deixo descansar, tá? - respondi, evitando olhar diretamente nos olhos dela, com medo do que poderia ver.

A garota assentiu, mas o olhar que ela deu a antes de virar o rosto me fez sentir como se estivesse cometendo um erro terrível. Queria ficar, queria contar a ela o que estava sentindo, mas algo impedia, uma voz que sussurrava que talvez não fosse o momento certo.

-Tudo bem. Nos vemos mais tarde? - A voz dela estava calma, mas notei um traço de incerteza. E isso me perturbou ainda mais.

-Claro. - Respondj rapidamente, querendo acabar logo com aquele momento doloroso.

Sai do quarto, fechando a porta atrás de mim com um peso no peito que parecia aumentar a cada passo que dava. Enquanto caminhava pelo corredor, sentia a culpa me consumindo. Eu sabia que havia deixado S/n com mais dúvidas do que antes, e isso fazia questionar minha própria decisão.

Tentei afastar os pensamentos sobre o medalhão, mas a imagem da foto de S/n jovem não saía da cabeça. Havia algo naquele olhar, algo que queria entender, mas ao mesmo tempo, temia descobrir. Por que sentia que isso estava de alguma forma ligado ao que ela sentia por mim?

Ao sair do hotel e sentir o ar fresco do lado de fora, tentei me acalmar. Precisava de tempo para pensar, para organizar meus sentimentos. Mas o medo de ter estragado tudo me corroía por dentro. Eu também sabia que precisava resolver aquilo, mas, naquele momento, não sabia por onde começar.

Enquanto caminhava pelas ruas da cidade, uma parte queria voltar, bater na porta de S/n e contar tudo o que estava sentindo. Mas outra parte, a parte que tinha medo de se machucar, ms impedia de fazer isso. Não queria pressioná-la, não queria forçá-la a nada. Mas a dúvida sobre o que ela pensava, sobre o que aquele medalhão significava, estava me enlouquecendo.

Mas, por enquanto, eu precisava de tempo. Tempo para entender o que aquele medalhão significava. Tempo para aceitar o que eu sentia por ela. Tempo para encontrar a coragem de voltar e encarar meus próprios sentimentos.

E, enquanto isso, só podia esperar que ela ainda estivesse lá, esperando por mim.

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Palpites sobre o que o medelhão significa???
Estou pensando em postar apenas um capítulo por dia, por vocês está tudo bem?