𝟬𝟬𝟴 - 𝘽𝙚𝙙𝙨𝙝𝙚𝙚𝙩

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˚🛹✩ ₊˚🎧⊹♡

S/n Hernandez POV's.

Após a intensa conversa com Rebecca, senti um peso diferente no peito, uma mistura de ansiedade e uma decisão que precisava ser tomada. A ideia de encarar Akio parecia esmagadora, mas algo dentro de mim, talvez uma necessidade de não fugir mais, impulsionava a agir.

Me olhei no espelho, tentando reunir a coragem que precisava. Vesti uma blusa leve e jeans que valorizava a silhueta, e deixei os cabelos escuros soltos, caindo em ondas suaves. Queria parecer confiante, mas sabia que minha aparência não esconderia as inseguranças profundas que carregava. Mesmo assim, eu sabia que precisava ir até ele.

Quando sai do quarto, as ruas de Paris já começavam a se encher com o brilho das luzes da cidade. Cada passo em direção ao hotel dele parecia trazer uma nova onda de incertezas, mas me forçava a continuar. Queria ver aquele sorriso, aquele olhar intenso que sempre parecia entender mais do que eu mesma conseguia colocar em palavras.

Ao chegar no hotel, o recepcionista me reconheceu de imediato, acenando gentilmente enquanto seguia em direção ao elevador. A caminhada até o quarto de Akio parecia mais longa do que realmente era. Os pensamentos corriam em círculos, tentando antecipar o que iria dizer, como ele iria reagir.

Finalmente, diante da porta do quarto dele, eu parei. Meus dedos hesitaram na superfície fria da porta, mas antes que pudesse me convencer a voltar atrás, bati suavemente.

Augusto abriu a porta pouco depois, vestido de forma casual, mas ainda assim, com aquela aura que sempre fazia me sentir um pouco mais segura, mais querida e mais amada e, ao mesmo tempo, desconcertada. Seus olhos meia-lua se arregalaram de surpresa ao me ver ali, mas logo se suavizaram, dando lugar a um sorriso caloroso.

-Brasileirinha.... O que você está fazendo aqui? -ele perguntou, a voz carregada de surpresa, mas também de uma leve expectativa.

Eu engoli seco, tentando manter a calma que sabia estar se esvaindo.

-Eu... precisava falar com você -disse, tentando manter a voz firme.

Akio deu um passo para o lado, gesticulando para que entrasse. O quarto estava iluminado apenas por um abajur, criando um ambiente aconchegante e intimista.

-Claro, entre. Está tudo bem?

Entrei devagar, cada movimento calculado, como se temesse que um passo em falso pudesse fazer todo o cenário desmoronar. Eu me virou para ele, sentindo uma onda de emoções reprimidas subindo à superfície.

-Eu... queria te pedir desculpas. -comecei, as palavras saindo apressadas, como se tivessem que ser ditas antes que o medo as engolisse de volta.- Por te evitar, por não ser honesta sobre o que sinto...

Ele franziu as sobrancelhas, aproximando-se lentamente.

-S/n, você não precisa se desculpar. -a voz dele era compreensiva, e isso me machucava ainda mais- Todos nós temos nossos momentos e...

Eu o interrompi, incapaz de segurar mais o que sentia.

-Eu tenho tanto medo, Gusto. Medo de me machucar de novo, medo de deixar alguém entrar e... acabar sozinha, como sempre.

Ele parou diante de mim, olhando-me com uma intensidade que parecia querer compreender cada nuance do que dizia.

-Você não precisa ter medo de mim, Brasileirinha. - disse ele, a voz dele firme, mas gentil.- Eu não estou aqui para te machucar.

Mordi o lábio, sentindo as lágrimas começarem a se formar em meus olhos, mas recusando a deixá-las cair.

-Eu sei que você não está, mas o medo... ele está sempre aqui. E eu não sei se consigo enfrentá-lo sozinha.

O rapaz se aproximou mais, segurando as minhas mãos entre as dele.

-Então você não precisa enfrentá-lo sozinha. Nós podemos fazer isso juntos.

Aquelas palavras, ditas com tanta simplicidade e honestidade, quebraram a última barreira dentro de mim. Sem pensar, dei um passo à frente e o beijei.
Foi um beijo carregado de tudo o que vinha guardando, os medos, as dúvidas, mas também a esperança de que, talvez, dessa vez, as coisas poderiam ser diferentes.

Akio me puxou para mais perto, respondendo ao beijo com uma intensidade que dizia mais do que palavras poderiam expressar. Ele não me soltou, como se soubesse que naquele momento, precisava sentir que alguém estava ali para segurar-me, para não deixar cair.

Quando finalmente nos separaramos, me vi olhando nos olhos dele, sem saber exatamente o que dizer. Mas naquele instante, as palavras não eram necessárias. O que importava era o que sentiamos, e a compreensão silenciosa de que, independentemente do que acontecesse a partir dali, estavamos dispostos a enfrentar o que viesse juntos.

-Eu... estava esperando por isso! -ele admitiu, a voz dele mais suave, quase um sussurro.- Mas queria que fosse quando você estivesse pronta.

Eu sorri, sentindo uma leveza que não sentia há muito tempo.

-Eu sei que estou pronta com você.

Ficamos ali, por um momento que pareceu eterno, simplesmente desfrutando da presença um do outro.
Mas em um momento, encostadoa na varanda do quarto, ele me beijou novamente. Mas, foi diferente dessa vez. Seus passos rápidos nos guiaram de volta para dentro, as mãos em minhas costas, eu queria ele. Queria me entregar para ele - e eu iria fazer isso.
Em poucos minutos ele tirou meu casaco, jogou em algum canto do quarto e o barulho de algo batendo no chão fez um arrepio correr minha pele, era o medalhão. Ele parou, e então, jogou a jaqueta de baixo da cama frágil, e voltou a beijar meu pescoço.

-Seja o que aquilo significa para você, vamos enterrar por hoje.

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Um capítulo romântico e o último do dia!
Vocês vão entender melhor o capítulo anterior, muitas pessoas tiveram dúvidas e é plausível porque ainda não conheceram o passado da S/n, prometo que vai fazer sentido depois.

Tenham uma boa noite e nos vemos amanhã!
Beijinhosssss

deixem uma estrelinha e um comentário, por favor 😭🤧

𝘼𝙡𝙞𝙣𝙝𝙖𝙢𝙚𝙣𝙩𝙤 𝙢𝙞𝙡𝙚𝙣𝙖𝙧 || Augusto Akio Onde histórias criam vida. Descubra agora