FLOW ESPACIAL (Teto,30praum)

mal sei falar de amor

GISELE POINT OF VIEW
Fecho a porta de casa e jogo a chave sobre a bancada da cozinha, encontrando meus pais bebendo vinho e ouvindo música na sala. Um momento que eles sempre tinham depois de algum dia difícil de trabalho.
Mãe: Você nos deixou preocupados.-ela diz, me olhando séria.
Eu: Desculpa, foi um dia cheio de emoções...-digo, suspirando e eles me olham, curiosos- na faculdade. É, primeiro dia de aula sempre cheio, né?
Pai: Depois da dificuldade que foi para você aceitar se mudar, estou feliz que esteja lidando bem com isso.-ele diz, sorrindo e eu retribuo, concordando com a cabeça- Mas nos mantenha mais informados, ok? Você ainda não conhece a cidade direito.
Eu: Certo, vocês tem razão.-falo, me direcionando para o corredor- Vou me deitar, amo vocês.
Mãe: Também te amamos.-dito isso, a próxima música começa a tocar e sorrio de orelha a orelha reconhecendo o início de Sorri, sou rei do Natiruts. Entro no meu quarto, deixando a porta entreaberta para ouvir a música, enquanto me jogava sobre minha cama, deixando minha mente viajar com a melodia.
Teto: Vem, dança comigo.
Eu: Que?-me assusto, sendo surpreendida pela animação repentina de Teto, ao segurar minha mão e me rodar em meu próprio eixo- Eu não sei...
Teto: Eu to cansado de sofrer, quero dançar sentir calor..-ele canta baixinho, ignorando completamente meus protestos e me puxando para seus braços, em uma dança ao ritmo da música. Ainda que não tivesse a menor coordenação motora, o olhar e o sorriso doce de Teto me contagiavam, por fim, apenas relaxo os ombros e cedo, o abraçando cada vez mais forte, enquanto ele acariciava meus cabelos. Sentia meu corpo inteiro esquentar em seus braços e, com a cabeça em seu peito, podia ouvir seu coração batendo tão forte quanto o meu. Me afasto um pouco, para olhar em seus olhos e vejo Teto me encarando com desejo, ele delicadamente coloca uma mecha do meu cabelo para trás da minha orelha e aproxima nossos rostos. Nossas respirações descompensadas se misturavam e meu corpo implorando para que a distância entre nós acabasse... mas minha mente temia o que podia acontecer depois disso. O que éramos? O que seríamos? O que eu estou sentindo?
Eu: Você sabe que isso vai mudar tudo, né?-sussurro e ele concorda com a cabeça, encostando nossas testas.
Teto: Tá com medo?-ele pergunta e, por mais que meu cérebro gritasse que sim, que estava apavorada, o olhar de Teto sobre mim me tranquilizava a ponto de ignorar meus protestos racionais. Guiada pelo desejo, balanço a cabeça, negando medo e então, com as mãos em meu rosto, ele me beija. Um beijo tímido que, a medida que nossas bocas se conheciam e reconheciam melhor, ia se intensificando. Suas mãos percorrendo meu corpo e sentindo cada centímetro me faziam sentir cada vez mais a necessidade de tê-lo por perto. Teto segura firmemente meus quadris e me puxa ainda mais para si, me fazendo sentir um certo volume em suas calças, deslizando a boca pelo meu pescoço, deixando beijos quentes que me faziam arrepiar e soltar gemidos baixinhos- Gostosa pra caralho...
Eu: T-Teto..-deixo escapar, fechando os olhos, apenas sentindo suas mãos apertarem minha bunda e subirem pelo meu corpo para segurar meu pescoço e me beijar de novo, com cada vez mais intensidade.

"Tetin 🩷: não consigo parar de pensar no teu beijo"

Minha mente volta ao presente com o barulho da notificação. Ao ler a mensagem de Teto, meu corpo superaquece só de lembrar do seu toque em mim, toques que eu queria sentir muito mais e além, mas em meio aos nossos beijos, meu celular começa a tocar incessantemente, o que me lembra que não tinha dado notícias aos meus pais o dia inteiro, então, a muito contragosto, nos despedimos e eu voltei para casa, mas com a promessa que nos veríamos logo, pelo menos mais uma vez antes de ele ir para a Bahia.

Você: acho que já to com saudade

Tetin 🩷: vc acha???
eu to pra caralho
sabe que meu dia fica bem melhor contigo
volta pra cá

Você: eu queria muito
mas tenho aula amanhã
e já matei aula hoje

Tetin 🩷: mas valeu a pena, vai