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Estava tudo indo bem, como uma canção suave, mas, então, a tempestade se aproximou sem aviso, arrasando sonhos e esperanças, deixando apenas um eco vazio que ressoa dentro de mim.
Você foi, como uma promessa não cumprida, me abandonou em meio a essa confusão, uma bagunça feita de cacos e silêncios. Como um espelho estilhaçado, nossa história se quebrou, consumida pela vaidade, talvez pela inveja, como fogo que devora palha, deixando apenas cinzas frias.
Eu fiquei, fiquei sobre os pedaços de vidro que jaziam pelo chão, cada fragmento cortando meus pés e mãos, e o sangue manchando aquela destruição silenciosa.Eu fiquei, perdida e sem direção, como uma alma em ruínas.
Caminhei em círculos, afundei no caos do nosso quarto, subi na cama, um refúgio devastado, mas até lá, os cacos me seguiram, como sombras do passado que recusam desaparecer.
Eles perfuraram meu corpo e minha alma, deixando marcas fundas que o tempo não apaga, tornando-me um retrato desfigurado de dor e desespero, uma lembrança amarga do que poderia ter sido e nunca será.
Eu fiquei, e ele se foi, nossos caminhos se partiram sem retorno. No final, o amor que nos unia se desfez, tudo o que restou foram fragmentos, partes de nós espalhadas, sem forma, sem sentido.
Cada suspiro que dou agora é marcado por uma saudade amarga, cada lágrima traz a lembrança do que foi perdido, uma tristeza silenciosa que queima por dentro, ecoando como o som de um coração partido.
E aqui estou, presa entre o que fomos e o vazio que restou, sobrevivendo aos pedaços do nosso amor despedaçado, tentando juntar o que ainda me resta enquanto as memórias me assombram, como fantasmas que nunca descansarão.
