capítulo 14

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Nos teus olhos, um brilho que outrora era raro,
uma faísca que, agora, se apaga, como um farol em meio ao nevoeiro.
As estrelas ainda dançam lá em cima, mas é uma noite sem luar,
e teu sorriso, outrora sol, mergulha no abismo, deixando só o frio do medo.

Teus braços, que um dia foram abrigo,
hoje são apenas sombras que me fazem estremecer.
Na dança da vida, foste meu parceiro, meu confidente,
mas agora cada palavra tua soa como um eco de lamento distante.

Caminhamos juntos por trilhas antes iluminadas,
mas o tempo, cruel escultor, apagou suas pegadas.
Em cada passo, carrego fragmentos de lembranças,
pedaços quebrados de um amor que se tornou fardo,
um conto de fadas desfeito pelo peso do silêncio.

Ah, se o tempo pudesse parar e o mundo silenciasse,
talvez, então, eu encontrasse a coragem de admitir
que és tu, a quem tanto amei, mas a quem já não posso amar.
Porque agora és a sombra que se estende no horizonte,
um eco profundo que reverbera no abismo do meu coração.

E mesmo quando a saudade aperta e o peito sufoca,
a lembrança do teu amor é um leito de espinhos.
Perdida entre os ecos dos nossos risos e prantos,
vivo na melancolia dos sonhos desfeitos,
nos sussurros tristes dos nossos desencantos.

Nossas memórias são como folhas soltas no vento,
caindo devagar em um lugar onde não há primavera,
onde o sol nunca mais brilhará da mesma maneira.
Pois, entre o amor que ficou e o vazio que restou,
sou refém da tristeza que agora me abraça —
um abraço frio, sem fim, que não cessa.

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