Na solidão da noite, ressoa a dor de amar,
um sentimento que corrói, que dilacera e faz sangrar.
Amar alguém é se entregar a um vasto e imprevisível mar,
onde as ondas da paixão, antes tão suaves,
se tornam correntes violentas que nos puxam para o abismo,
nos afogando em uma escuridão sem fim.Amar é sentir o peso sufocante da ausência,
é ver nos olhos do outro uma frieza que machuca,
é ter o peito esmagado pela carência,
e suportar em silêncio uma dor implacável,
como um prisioneiro trancado em uma cela fria e vazia,
onde a esperança se dissolve em sombras.A dor de amar é como uma ferida que nunca cicatriza,
um corte profundo que lateja, arde e insiste em doer.
É viver na incerteza, nesta vastidão deserta,
onde o desejo de um reencontro se perde no tempo,
como flores que murcham em um jardim esquecido,
sem nunca sentir o toque do sol.Nos versos tristes deste poema repousa minha angústia,
a agonia de quem ama e se condena à nostalgia.
É a saudade que queima como brasas no peito,
uma mágoa que nos leva para os confins do desespero,
uma melancolia silenciosa que envenena cada suspiro,
transformando o amor em uma prisão sem saída.Assim, sigo perdido entre sombras e lembranças,
um espectro do que um dia foi luz e calor,
mas que agora não passa de um eco distante da tua ausência,
um lamento sussurrado ao vento que nunca se desfaz,
uma dor que insiste em permanecer.E cada passo que dou é como caminhar sobre cacos de vidro,
onde cada fragmento é uma memória dolorida,
um pedaço de nós que se foi, mas nunca desapareceu.
Estou preso neste ciclo eterno de saudade e perda,
vivendo na penumbra do que poderia ter sido,
um eterno espectador do nosso amor que se desfez.
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sussurros do coração
PoetryPara todos os meus amores falidos Eu vos dedico esses versos