capítulo 9

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Escrever para você é um ato de desespero,Pois em cada verso, sinto seu amor pulsar como um eco distante

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Escrever para você é um ato de desespero,
Pois em cada verso, sinto seu amor pulsar como um eco distante.

Você me olha, me toca,
E, por um breve instante, o mundo brilha como uma miragem.
Mas logo, essa luz se apaga, como a chama de uma vela que não tem mais oxigênio.
É um brilho fugaz, que me ilude e me destrói, tudo ao mesmo tempo.

Essa luz se apaga rapidamente quando deixo minha mente vagar,
Quando vejo seu sorriso resplandecer para outra,
Quando suas mãos acariciam a pele de alguém que não sou eu,
E o vazio se instala em mim como uma sombra insuportável.

Essa dor de saber que você é capaz de dar a ela o que nunca me deu,
De espalhar suas carícias, enquanto o meu coração se afoga no silêncio do seu descaso.

Eu sou apenas seu estepe emocional,
Um fantasma que habita os cantos da sua vida, invisível e sufocante.
Alguém que te ama com uma devoção doentia,
Mas esse amor que arde em meu peito é um veneno lento que me consome.

Eu me sufoco com esse amor não correspondido,
E cada pedaço de mim que se perde no caminho deixa uma cicatriz mais profunda.

A cada dia que passa, sinto como se estivesse morrendo em silêncio,
Como se uma parte de mim se despedaçasse com cada olhar perdido.

Você não vê, você nunca viu.
Obrigada por nunca ter me olhado de verdade,
Por não perceber as cicatrizes que carrego escondidas sob a pele.
Elas são invisíveis para você, mas crescem dentro de mim,
E a dor de ser invisível é mais cruel do que qualquer rejeição explícita.

Talvez se você me visse realmente, se enxergasse minha alma nua,
Você acabaria partindo como todos os outros amores fugazes,
Deixando apenas a dor crua e a saudade implacável em seu lugar,
Um eco sombrio que ressoa no vazio do meu ser.

Eu não sou suficiente para você, não sou o suficiente para mim,
E, por mais que eu queira acreditar em algo mais, eu sei que sou só uma sombra em sua vida.

Assim sigo nessa espiral de solidão e desilusão,
Um coração preso em um labirinto de esperanças despedaçadas,
Esperando por um amor que nunca será meu,
E lamentando a perda do que nunca tive realmente.

Cada suspiro meu é uma oração não respondida,
E a saudade que sinto de algo que nunca foi meu é um peso esmagador.
Mas, mesmo assim, sigo esperando. Não sei por quê, talvez por te amar de uma forma que nunca soube como parar.

Às vezes, à noite, quando o silêncio é mais alto que meus pensamentos,
Eu me pergunto se você ao menos pensa em mim.

Se, por um segundo, sua mente vagueia até minha imagem,
Se meu nome já ecoou suavemente entre seus lábios antes de adormecer.

Mas sei que essas são perguntas sem respostas,
Lamentos murmurados para as paredes frias do meu quarto,
Enquanto o teto parece desabar sobre mim e o vazio me envolve.

Eu grito, mas ninguém ouve. Nem mesmo você.
Porque minha voz nunca chegou até você, nunca rompeu as barreiras do seu coração.
Talvez eu nunca tenha sido alta o suficiente, ou talvez você tenha escolhido não ouvir.
E tudo bem. Eu tento me convencer de que está tudo bem.

Mas como posso aceitar que meu amor, tão imenso, tão puro,
Nunca encontrou espaço no seu peito?
Como posso continuar respirando quando cada inspiração é uma lembrança sua,
E cada expiração é uma tentativa falha de te deixar ir?

Eu carrego você em cada palavra que escrevo,
Em cada lágrima que cai silenciosa sobre o papel.
E ainda que minha alma se rasgue um pouco mais a cada dia,
Ainda que minha esperança seja apenas um fio tênue prestes a se partir,
Eu continuo aqui.

Porque amar você se tornou parte de mim,
Mesmo que esse amor me mate lentamente.
Mesmo que eu me perca, que eu me despedace.
Eu continuo aqui, presa nesse ciclo de amor e dor,
Com você sendo o centro do meu universo quebrado.

E talvez, só talvez, um dia eu tenha forças para partir.
Mas, até lá, permanecerei aqui,
Amando você em silêncio,
Sendo consumida pelo que nunca fomos,
E pelo que jamais seremos.

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