Capítulo 4 - Dalius (pt3/3)

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- Bem

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- Bem... Os próximos a duelarem são, Azure e Dalius.

Que tensão... Uma pressão enorme me tomava... Não sei se pela a incerteza do desenrolar da batalha, ou se pelo o que os outros irão dizer durante a mesma... Meu inimigo tem vantagem, isso é certo.

- Esperem eu tocar o chifre. Preparem-se. Um... Dois... Três... Quatro... Cinco... Seis... Sete... Oito... Nove...

"Phoommm!!!"

- Olhem lá, é o filho da mortal e do deus da morte, não é? Sim! Dizem que o pobrezinho nem mesmo consegue usar sua matéria. - Ouço os filhos de Momus sussurrarem enquanto assistiam o meu caminhar até o centro da arena.

- A questão é que ele não consegue nem mesmo usar Áte. - Diz, Kívira. - Mas não se enganem... Ele é o filho de Thanatos, quando ele compreender seus poderes e receber sua matéria, ele se tornará forte... Talvez um dos mais fortes entre nós. - Concluiu a mesma, que logo após isso se coloca de pé e sai do coliseu.

Fica complicado imaginar como será nosso confronto, não é difícil prever o que vai acontecer quando quase tudo o que é incerto está certo... Quando os fatos são apresentados. Mas não é fácil prever quem vai vencer, quando quem está na luta é você.

- Ouça, Dalius. Todos nós sabemos que você tem problemas com seus poderes, você não consegue controlá-los e ainda não tem uma matéria, então, isso pode ser mais fácil para mim do que para você. Estou em vantagem, se quiser, pode desistir.

- Azure. Não irei desistir, não sem ao menos tentar.

Azure cala-se por um instante e toma em seu peito um batimento leve e calmo, enquanto respira profundamente. Em seguida, fica em posição de ataque, coloca suas mãos uma sobre a outra e...

- O que foi isso? - Ouço todos que estavam assistindo do lado de fora, dizer. Eu havia caído, por um ataque que ninguém soube dizer de onde veio... Todos ficaram chocados, porém Magal e Kep apenas riram. Riram e não pararam.

"De onde veio esse ataque!? Foi rápido, além de ter sido forte o suficiente para me derrubar."

- Raízes. Foram raízes. Meu atributo é madeira, com certeza todos já devem saber. Com ele eu manípulo as raízes das árvores e seus troncos, além de poder fortificar qualquer objeto que seja feito de madeira também. Aprimorei ao máximo a minha habilidade de manipulação de raízes, ao ponto de conseguir fazer com que surjam em cor transparente e sem muito fil, assim meus oponentes não conseguem determinar de onde veio o ataque.

"Está realmente começando a ficar clara a diferença de força entre nós... Ele está em outro patamar, isso ficou óbvio apenas em seu primeiro ataque. Pensa, Dalius... Pensa... O que, Moret, faria?"

- Raízes... Né? - "Pensa... Pensa... O que ganha de uma magia de atributo madeira... O que faço... Ah! Já sei."

- O que está fazendo? - Perguntou,, ao sentir um enorme fil vindo em sua direção... Não sei controlar os meus poderes, isso é fato, não me dou bem com meus atributos e ainda não tenho matéria... Mas sei que posso elevar o meu fil, para causar apenas medo... Basta, como um blefe.

- Se o seu atributo é madeira, farei questão de devastar tudo com as minhas chamas. Invocarei as mais ardentes chamas que o meu pai possui, e deixarei que tudo aqui se incinere. Isso inclui você.

- Dalius... Sabemos que você não consegue nem mesmo usar Netéris, nem mesmo Baco, quem dirá uma magia de atributo.

- Então prove das chamas de Thanatos, Ilatérias! - Meu atributo é fogo... Mas nem sei se eu realmente manipulo as chamas como meu pai.

- Cale-se! Deixe de ser insolente! - Exclamou, Azure, em sua íra ao perceber que eu estava apenas tentando amedrontá-lo com um blefe. - Você irá se arrepender de não ter desistido quando teve a chance, moleque.

Por uma breve fração de segundos, consegui sentir uma enorme quantidade de fil sendo direcionada para mim, até que ele usou Baco.

- Coff-cof!cohf! - Não seria mais fácil ter me atingido com suas raízes? Porque ele fez isso? - Porque? Porque não luta usando sua magia?

- Ambos viemos à esse duelo sem uma estratégia... Contudo, não ganharemos por isso. Talvez por nossa força, sim, isso é fato, no entanto você é fraco, com certeza eu já venci em força. - Azure havia desistido de me atacar... Apenas jogou a areia do chão do coliseu contra o meu rosto, e deu de costas, saindo da área demarcada do mesmo.

- Dalius ganha por desistência! - Exclama, Athena.

- Eu não iria perder de qualquer jeito. Era só eu ir para um combate direto, corpo à corpo.

- Não se lembra das regras? Sem combate corpo à corpo.

Nesse caso realmente eu não tenho como vencer de nenhum deles... Estão em outro nível.

- Tudo bem, Dalius. A maioria desses jovens, só controlam seus poderes por conta de ensinamentos de seus pais e familiares. O seu pai sumiu, não teve tempo de te ensinar nada, isso é normal. Mas fiquei sabendo que aqui, iremos treinar todos vocês.

- Obrigado, Senhorita Athena.

Passou-se um tempo... Cerca de duas horas após nossa ceia.

- Venham cá, todos. Eu e Nitram preparamos o coliseu para um novo treinamento. Iremos treinar Baco.

- Baco? Senhorita Athena, todos nós já sabemos e já dominamos o Baco.

- Sei disso, porém, ainda não é o suficiente. Vocês sabem, e dominam pouco. Iremos treinar e fazer com que evoluam. - Concluiu, Athena. Que logo após, suspirou profundamente e estendeu a palma de sua mão, tocando o chão e voltando a explicar. - Como provavelmente já devem saber, fil é a energia e carga de poder dos deuses. Todos os seres vivos, já nascem com uma carga de poder e energia definidos, porém apenas os deuses e semi-deuses possuem essa de forma ilimitada, assim nós podemos usar nossas magias e habilidades o quanto quisermos, porém, o que limita até onde pode se estabelecer o uso disso, é a sua força de vontade e a força de seu atributo. Quando se compreende o que é fil, podemos utilizar Baco. Baco é uma variação de fil. O Baco é a energia de tudo o que não é vivo, pedra, madeira, água, uma cadeira, uma janela ou até uma sandália. Alguns objetos possuem mais Baco do que outros, tendo assim uma variação na vibração de Baco. Para utilizar Baco, você deve se concentrar e sentir o seu fil sendo canalisado em seu corpo, e direcionar ele, fazendo assim o seu fil entrar em contato com o Baco do objeto. - Diz Athena, enquanto faz o chão tremer e algumas paredes se racharem, alguns pilares também se mostram fracos perante a manipulação de Baco de Athena.

- O teste de hoje vai mostrar do que vocês são capazes. Com ele, iremos ver até onde vocês conseguem ir e o quão já dominam o Baco. Athena, por exemplo, demonstrou enorme controle do Baco, ela concentrou sua energia, em um ponto do chão, direcionando seu fil para uma parte específica no Baco do solo, fazendo com que ele ficasse mais pesado. Imaginem uma gangorra, mas com todo o solo desse coliseu. A parte mais pesada estava puxando o resto, e a mais leve estava empurrando, como óleo e água, se repelindo, causando um tremor.

- Resumindo... Querem fazer todos nós destruirmos a arena usando Baco? - Perguntou Magal.

- Não, Magal. Para a evolução de vocês, começarão com algo simples, mas difícil. Uma pedra. Quero que façam ela rodar no ar, como piruetas num lugar com zero gravidade. - Diz nossa senhora.

- Poderia tentar complicar mais, não é, Athena? - Retribui Magal.

- Se está tão confiante, por favor, sustente a pedra e faça uma rachadura nela no formato de um tridente, isso enquanto rotaciona a mesma de forma contínua, após isso, quebre a mesma em quatro pequenas esferas perfeitas. Quando conseguir realizar esse feito, você será poupado dos treinamentos. - Diz Athena, enquanto demonstra de forma rápida o que Magal estava sendo desafiado a fazer, concluindo o exemplo com sucesso e mestria.

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