Capítulo 6: O Encontro dos Destinos

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Zephyro, filho do chefe do clã Shabri, estava pronto para ver de perto as habilidades de Sharty. Ele se preparou mentalmente, focado em avaliar o garoto que tanto o intrigava. No entanto, Sharty, ao perceber a atenção que recebia, ficou desconfiado. Algo em Zephyro o deixava incerto sobre demonstrar todas as suas habilidades, fazendo-o hesitar enquanto empunhava a espada.

Enquanto isso, os pais de Sharty, que estavam dentro de casa, ouviram o burburinho na vila e se surpreenderam ao ver Zephyro e seus homens aproximando-se. O pai de Sharty, com uma expressão séria, imediatamente reconheceu Zephyro, lembrando-se de suas interações passadas. Embora nunca tivessem tido um relacionamento próximo, havia um respeito mútuo, pois Zephyro conhecia a fama do pai de Sharty como um forjador habilidoso e um ex-aventureiro notável.

Sharty, ainda incerto, sentiu o peso das expectativas e a presença de Zephyro o fez questionar se deveria ou não mostrar toda a extensão de seu talento. Seus olhos cruzaram com os de seu pai, que estava se aproximando de Zephyro. O pai de Sharty, compreendendo a hesitação do filho, manteve um semblante firme e calmamente se dirigiu ao visitante ilustre.

— Zephyro — disse o pai de Sharty, com uma ligeira reverência. — É uma surpresa vê-lo aqui. O que o traz à nossa humilde vila?

Zephyro esboçou um leve sorriso, mas seus olhos não saíram de Sharty, que estava a poucos metros de distância.

— Ouvi rumores sobre seu filho, e fiquei curioso. Mas, além disso, queria rever um velho conhecido. Não esperava encontrar ambos na mesma pessoa.

O pai de Sharty assentiu, sentindo o peso das palavras de Zephyro. Ele sabia que aquele não era um simples encontro. Sharty, percebendo a tensão no ar, apertou os punhos ao redor de sua espada. Ainda relutante, ele olhou para o pai, buscando orientação.

Zephyro percebeu a hesitação no jovem e, em um tom mais suave, disse:

— Não precisa demonstrar tudo, Sharty. Mostre apenas o que sente que deve mostrar. Estou aqui para entender quem você é, não para te julgar.

Essas palavras aliviaram um pouco a tensão em Sharty, mas a incerteza ainda pairava no ar. Ele sabia que, a partir daquele momento, sua vida estava prestes a mudar, e precisava decidir até onde estava disposto a ir para impressionar alguém como Zephyro. Enquanto seu pai conversava com Zephyro, Sharty refletia sobre suas próximas ações, sabendo que elas poderiam definir o curso de seu futuro.

Sharty estava com a mente agitada. A presença de Zephyro, filho do chefe do clã Shabri, na pequena vila, o deixava nervoso. Sabia que, mais cedo ou mais tarde, suas habilidades seriam expostas para o mundo. Era inevitável.

Enquanto observava Zephyro se preparar para assistir ao seu treino, Sharty refletia consigo mesmo.

— Bom, um dia ou outro, terei que expor minhas reais habilidades — pensou, com um suspiro profundo. — Então, que se dane. Vou mostrar minha esgrima e manter minha magia em segredo por enquanto.

Decidido, Sharty segurou sua espada com firmeza. Se era para mostrar algo, que fosse a técnica que seu pai o ensinara. Ele sabia que, após tanto treino e dedicação, essa técnica havia se tornado muito mais poderosa.

Respirou fundo e entrou em posição de combate. Seus movimentos, fluídos e precisos, mostravam o quanto havia evoluído. Ele começou a executar a técnica, uma série de golpes rápidos e devastadores, que cortavam o ar com uma velocidade impressionante.

Zephyro, que assistia de perto, ficou visivelmente surpreso com o que via. O garoto realmente tinha talento, mas havia algo mais em Sharty. Algo que Zephyro não conseguia decifrar totalmente.

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