"Nosso destino vive dentro de nós, você só tem que ser corajoso o suficiente para vê-lo." — Merida, Valente☾
Antes de ir para Sagittario, Yanna não havia pensado muito em como faria aquele pedido, mesmo que tivesse pouco mais de um mês, ela não se sentia corajosa o suficiente para estar diante de Eredor e pedir que ele realizasse sua cerimônia de casamento.
Encostada sobre uma das estantes da biblioteca, ela observava em silêncio o elfo guardar suas roupas em uma bolsa de viagem. Ela estava aliviada por ele ter conseguido ajuda na preparação da poção e mesmo que soubesse que ele estava louco pra ir pra casa, Eredor era o mais próximo que Yanna já tivera de um pai. Afinal, ela viveu anos sob a tutela de Papoula.
— Yanna, você está precisando de algo? — Ele indagou sem graça, confuso por ela estar ali parada, observando-o em silêncio.
— Eu.... — Ela tomou uma lufada de ar, antes de continuar — Na verdade sim.
Eredor deixou as roupas de lado, para prestar atenção nas palavras dela.
— Eu sei que você planeja partir logo, mas se não for incômodo, eu, não, nós....— Ela tossiu constrangida. — Eu gostaria que fosse o senhor a fazer minha cerimônia de casamento.
Eredor Abriu um sorriso docil, parecendo um tanto aliviado.
— É claro!
Yanna ainda estava constrangida e por um momento Eredor quis rir do quão vermelho o rosto dela estava.
— Eu estava pensando....— Yanna parou de dizer, e olhou em volta da biblioteca, checando se não havia ninguém para testemunhar tal absurdo que diria. — Eu quero que seja de verdade. Os papéis, a cerimônia. É importante para o Eden, então eu queria presenteá-lo com isso.
Eredor abriu a boca em choque.
— Você está me dizendo que quer que eu leve os papéis assinados para Alexandrita e torne legal?
Yanna coçou a nuca, e apertando as mãos em desconforto, disse: — Se não for um incômodo. Eu sei que o rei precisa assinar os papéis...
Eredor tocou no ombro dela de forma paternal, antes de oferecer um sorriso caloroso.
— Eu posso tentar. — Eredor deu um suspiro profundo. — As coisas em Alexandrita estão... caóticas. Você sabe, eu mencionei as questões politicas quando cheguei, mas o que mais me preocupa são as plantações, que não estão vingando. Florence está desesperado.
— Se chegou ao ponto de Florence pedir ajuda para você, depois de tudo o que fez, acho que ele realmente não sabe o que fazer.
Eredor acenou com a cabeça, tenso.
— Eu penso... — Eredor hesitou. — Que pode ter algo a ver com Florean. As dificuldades magicas dele, ao mesmo tempo que a magia de Alexandrita oscila.... eu não sei, não soa coincidência.
Eredor se deu conta que havia revelado o segredo de Florean só depois que já havia dito, no entanto, Yanna sempre foi muito discreta.
— Florean é o herdeiro. — Yanna concordou. — E aconteceu muita coisa com ele.
— Com todos nós. — Eredor comentou, sua voz carregada de ironia amarga.
— As vezes eu queria poder... Eu não sei, sumir. — Yanna confessou, tensa. — Sinto que as coisas estão acontecendo rápido demais. É tanta luta, tantos problemas...
Eredor deu um tapinha amigável no ombro de Yanna, balançando a cabeça em concordância.
— Você ouviu falar que os guardas reais estão caçando e, em alguns casos, assassinando os daemons que se recusam a se apresentar para a convocação? — Yanna perguntou.
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Crônicas de Luz e Trevas: A Rebelião de Ametista
FantasyA Maldição de Alexandrita foi quebrada, mas as Crônicas de Feeryan ainda não acabaram! Após fugir às pressas de Alexandrita, todos do grupo deixaram muitas questões para trás. Em especial, Eileen. Ela, escolhida a dedo pela própria Lua como uma por...