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2019, 𝗥𝗶𝗼 𝗱𝗲 𝗝𝗮𝗻𝗲𝗶𝗿𝗼

O sol estava alto quando Carol apareceu na porta do meu quarto, uma bola de energia como sempre, apesar das poucas horas de sono que tivemos

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O sol estava alto quando Carol apareceu na porta do meu quarto, uma bola de energia como sempre, apesar das poucas horas de sono que tivemos. Ela entrou sem bater, praticamente pulando na cama e me acordando de um sonho em que eu mal conseguia lembrar os detalhes, exceto por um sorriso familiar.

— Bia, você não vai acreditar! — Carol disse, sem dar tempo de eu sequer processar onde estava. — O Thiago acabou de me mandar uma mensagem. Eles estão indo para a praia agora e convidaram a gente pra surfar com eles!

Eu pisquei algumas vezes, tentando afastar o sono.

— Sério? — perguntei, ainda um pouco confusa. A lembrança de Gabriel veio logo depois, e eu senti um friozinho no estômago. A ideia de vê-lo de novo tão cedo me deixou nervosa e animada ao mesmo tempo.

— Sim! E eu tô super afim de ir. Vem, vai ser divertido! — Carol já estava mexendo no meu armário, pegando meu biquíni favorito e jogando na minha direção. Ela estava claramente decidida, e como sempre, não havia muito espaço para discussão.

Enquanto me trocava, minha mente voltou à noite anterior. As palavras de Gabriel, o jeito que ele olhava para mim, o beijo na praia... Tudo ainda estava muito fresco. Mas, ao mesmo tempo, eu sabia que não podia me deixar levar pela emoção. Eu tinha minha vida aqui, a faculdade, meus planos, e Gabriel tinha o mundo inteiro pela frente com suas competições e a vida de surfista profissional. Era fácil se perder na fantasia, mas a realidade era diferente.

Quando chegamos à praia, o cenário era tão paradisíaco quanto a noite anterior, mas dessa vez havia uma energia diferente no ar. A brisa do mar estava mais suave, e as ondas pareciam convidativas, mas também carregavam uma certa imprevisibilidade. Thiago e Gabriel já estavam na água, rindo e surfando como se não tivessem outra preocupação no mundo.

— Olha só eles ali! — Carol apontou, já correndo para a beira do mar. Eu a segui, mas com um ritmo mais lento, observando os dois se divertirem. Gabriel parecia completamente em seu elemento, pegando uma onda com uma facilidade que me deixou impressionada.

Quando finalmente entramos na água, a sensação gelada do mar me deu um choque de energia. Não sou uma surfista, mas sempre gostei de estar no mar. Thiago logo puxou Carol para mais longe, deixando Gabriel e eu mais próximos da arrebentação. Ele nadou até mim, ainda sorrindo daquele jeito despreocupado.

— Você surfa? — ele perguntou, enquanto se equilibrava na prancha, deixando as ondas o levarem suavemente.

— Nada muito sério. Só o básico — admiti, tentando não me sentir intimidada pela habilidade óbvia dele.

— Podemos pegar uma onda juntos, se quiser — ele sugeriu, e eu apenas sorri, aceitando o convite.

Por alguns minutos, tentamos pegar algumas ondas pequenas. Gabriel foi paciente, me ajudando a manter o equilíbrio, rindo toda vez que eu quase caía. Mesmo com as tentativas de surfar, a tensão entre nós era palpável. Quando finalmente paramos para descansar na parte rasa, sentados nas pranchas, soube que era hora de falar sobre o que estava passando pela minha cabeça.

𝐈𝐝𝐚𝐬 𝐞 𝐯𝐢𝐧𝐝𝐚𝐬 - Gabriel Medina Onde histórias criam vida. Descubra agora