Durante o Carnaval de 2019, Beatriz, uma jovem estudante de medicina do Rio de Janeiro, conhece Gabriel Medina, um famoso surfista brasileiro, em uma festa na praia de Copacabana. A química entre eles é imediata, e eles passam uma noite inesquecível...
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Estava em casa, relaxando depois de um dia cheio, quando meu celular vibrou com uma notificação. Era uma mensagem no grupo que Carol tinha criado para nós cinco: eu, ela, Laura, Guilherme e Felipe. Desde que me mudei para São Paulo, esse grupo se tornou uma parte essencial da minha rotina, uma pequena rede de apoio e diversão em meio às novidades da cidade.
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Li as mensagens, e um sorriso se espalhou pelo meu rosto. A ideia de passar uns dias na praia, longe do caos urbano de São Paulo, parecia perfeita. Mais do que isso, era uma oportunidade de continuar fortalecendo essa nova amizade com pessoas que já se tornaram tão importantes para mim.
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Depois de enviar a mensagem, fiquei olhando para o celular por alguns segundos, perdida em pensamentos. Estava feliz com o convite, mas ao mesmo tempo, um sentimento estranho começou a surgir no meu peito. Algo indefinido, que não conseguia explicar ou nomear.
Maresias... A palavra me trouxe de volta uma enxurrada de memórias. Lembrei-me de Gabriel, das nossas conversas sobre sua paixão pelo surfe e pelo mar, das vezes em que ele falava de Maresias como se fosse o lugar mais especial do mundo. Na verdade, para ele, provavelmente era.
Eu não o via desde aquela vez em que nos reencontramos, depois do Carnaval de 2019. Nossos caminhos seguiram rumos diferentes, e embora continuássemos conversando ocasionalmente, nunca mais nos vimos. Gabriel estava sempre viajando, competindo, vivendo sua vida com a intensidade que sempre admirei.
Mas por que, agora, ao pensar em Maresias, ele veio tão forte na minha mente? Era como se, de alguma forma, o simples ato de voltar para aquela praia estivesse despertando algo que eu mantive adormecido. Um sentimento que, na época, não tive coragem de explorar, talvez por medo, talvez por insegurança.
O que isso significava? Era saudade? Nostalgia? Ou algo mais profundo que eu simplesmente não queria admitir? Eu não sabia. Só sabia que Maresias, de repente, parecia ser um lugar carregado de significados, e que essa viagem não seria apenas mais um final de semana na praia. Ela traria à tona tudo o que eu vinha tentando esconder ou esquecer.
Deitei-me na cama, tentando afastar essas ideias. Não queria estragar a experiência antes mesmo de ela começar. Carol estava tão animada, e eu queria compartilhar essa empolgação com ela, com todos. Mas, por dentro, sabia que essa viagem poderia me confrontar com sentimentos que eu não estava preparada para enfrentar.
Fechei os olhos, tentando focar no que seria positivo. A companhia de meus novos amigos, as risadas, as conversas à beira-mar... E quem sabe, essa viagem não me ajudasse a entender o que, exatamente, eu estava sentindo em relação a Gabriel. Se fosse apenas nostalgia, talvez o mar e as ondas de Maresias me ajudassem a finalmente deixar tudo isso para trás.
Mas, se fosse algo mais, eu teria que decidir o que fazer a respeito. E Maresias, com toda a sua beleza e tranquilidade, talvez fosse o lugar perfeito para começar essa jornada de autodescoberta.
