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Chegar em São Paulo foi como abrir as janelas para um novo mundo

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Chegar em São Paulo foi como abrir as janelas para um novo mundo. Tudo era vibrante, rápido e cheio de possibilidades. Os primeiros dias foram uma mistura de euforia e nostalgia, uma sensação agridoce de estar recomeçando em uma cidade que, embora nova, parecia prometer respostas para perguntas que eu nem sabia que tinha.

Carol foi minha guia nesse novo cenário. Desde o momento em que coloquei os pés no apartamento dela, ela fez questão de me envolver em sua rotina, de me apresentar à cidade pelos olhos de quem já a tinha desbravado. Não era apenas sobre os lugares, mas sobre a energia que cada esquina, cada padaria, cada bar exalava.

— Bia, São Paulo é um lugar onde a gente se encontra, mesmo que se perca um pouco no caminho — Carol disse certa vez, enquanto caminhávamos pelo bairro.

Nos primeiros dias, conhecemos cada cantinho do bairro onde ela morava. Eu ainda estava me ajustando ao ritmo acelerado da cidade, mas Carol, com sua energia contagiante, fazia tudo parecer mais fácil. Ela não era apenas uma amiga, mas uma âncora, alguém que me lembrava de que eu não estava sozinha.

Uma tarde, enquanto tomávamos café em uma padaria acolhedora, Carol mencionou algo que fez meus olhos brilharem de curiosidade.

— Eu quero te apresentar a alguns amigos — ela disse, com um sorriso que sugeria mais do que simples apresentações.

— Ah, é? E quem são esses amigos? — perguntei, intrigada.

— Pessoas incríveis que tenho certeza de que você vai adorar. Laura é advogada e namora Guilherme, um fotógrafo com um senso de humor sarcástico que vai fazer você chorar de rir. E tem o Felipe, primo do Guilherme, que é designer gráfico e uma das pessoas mais criativas que eu já conheci.

— Parece interessante — respondi, sentindo uma pontada de ansiedade misturada com empolgação. — Quando vou conhecê-los?

— Que tal amanhã? Pensei em organizar um jantar em um restaurante que eu amo. Vai ser divertido, Bia. Eu prometo.

Naquela noite, mal consegui dormir, ansiosa pelo que o dia seguinte traria. Era estranho me sentir assim, tão animada com a perspectiva de conhecer pessoas novas, de mergulhar em uma vida social que eu havia negligenciado por tanto tempo. Mas era também revigorante. Talvez São Paulo estivesse começando a quebrar minhas barreiras, a me abrir para novas experiências.

No dia seguinte, Carol e eu nos preparamos para o jantar. Ela escolheu um restaurante descolado no centro, conhecido por seus pratos incríveis e atmosfera acolhedora. Quando chegamos, Laura, Guilherme e Felipe já estavam lá, nos esperando com sorrisos e abraços que aqueceram meu coração.

Laura foi a primeira a me envolver em conversa, e logo percebi o quanto ela era fácil de se gostar. Ela tinha uma energia vibrante, uma facilidade em falar que me deixava à vontade.

— Você vai amar São Paulo, Bia — disse ela, enquanto tomava um gole do seu drink. — Essa cidade tem um jeito de fazer a gente se redescobrir.

— É o que estou buscando — confessei, sentindo uma conexão imediata com ela.

Guilherme e Felipe não ficaram atrás em simpatia. Guilherme, com seu humor afiado, nos fez rir durante toda a noite. Cada comentário sarcástico era seguido de uma gargalhada coletiva, criando um clima leve e descontraído. Felipe, por outro lado, era mais introspectivo, mas quando falava sobre seus projetos criativos, seus olhos brilhavam de paixão.

— Vamos fazer um brinde! — Carol disse de repente, levantando seu copo. — Um brinde à Bia, por estar aqui em São Paulo e por novos começos!

Todos levantaram seus copos e brindaram. Senti uma onda de calor no peito, como se finalmente estivesse no lugar certo, com as pessoas certas.

Depois do jantar, seguimos para um bar próximo, onde a música ao vivo e os drinks deliciosos nos aguardavam. Era o tipo de lugar onde as preocupações desapareciam, e o único foco era se divertir. Rimos, bebemos, e até arriscamos alguns passos de dança.

Carol puxou minha mão quando uma música mais animada começou a tocar, e logo todos nós estávamos na pista, deixando a música guiar nossos movimentos. Eu me senti leve, como se estivesse deixando para trás anos de tensão acumulada.

— Você parece mais feliz — Carol comentou, sorrindo para mim enquanto dançávamos.

— Acho que estou começando a me reencontrar — admiti, sentindo uma nova confiança surgir em mim.

Enquanto a noite avançava, eu observava Laura e Guilherme trocando olhares carinhosos, Carol dançando ao lado de Felipe, e sentia uma gratidão imensa por estar rodeada de pessoas tão boas.

Quando a noite finalmente chegou ao fim, estávamos todos exaustos, mas satisfeitos. No caminho de volta para o apartamento, Carol e eu rimos e comentamos sobre cada detalhe da noite, desde as piadas de Guilherme até os passos de dança desajeitados de Felipe.

— Seus amigos são ótimos, Carol. Eu realmente precisava disso — confessei, enquanto nos aproximávamos do prédio.

— Fico tão feliz por isso, Bia. Você merece se divertir, viver, e lembrar do quanto a vida pode ser maravilhosa.

Deitada na cama naquela noite, um sorriso persistente permaneceu em meu rosto. São Paulo, com toda a sua agitação e novidade, estava se tornando um lugar onde eu poderia recomeçar. Estar perto de Carol, conhecer novas pessoas e me permitir viver novamente era algo que eu nem sabia o quanto precisava.

Nos dias que se seguiram, minha rotina começou a se ajustar. Carol me levava para conhecer outros pontos da cidade, enquanto eu, aos poucos, ia retomando meus compromissos profissionais. Era uma nova vida, e eu estava pronta para abraçá-la por completo.

Mas, em meio a essa euforia, uma parte de mim ainda lembrava do passado. Eu sabia que estava apenas começando a trilhar um novo caminho, mas também sabia que ele estaria cheio de desafios. E, por mais que São Paulo me oferecesse um refúgio, eu ainda precisaria enfrentar os fantasmas que carregava.

Talvez, pensei enquanto olhava para o teto do quarto naquela noite, o futuro estivesse finalmente me trazendo a paz que eu tanto procurava. Com essa ideia confortante, adormeci, pronta para ver o que mais essa nova fase da minha vida me reservava.

Felipe Menezes • Laura Carrera • Guilherme Menezes

Felipe Menezes • Laura Carrera • Guilherme Menezes

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𝐈𝐝𝐚𝐬 𝐞 𝐯𝐢𝐧𝐝𝐚𝐬 - Gabriel Medina Onde histórias criam vida. Descubra agora