Resende: "Meninas, quero agradecer todas vocês, o campeonato foi excepcional, eu acredito muito em vocês, esse jogo foi muito puxado e vocês deram um show em quadra. Agora é se reerguer e se preparar para o próximo. Vocês são minhas campeãs."
O que? As meninas perderam? Fiquei muito chateada e preocupada com a Gabriela, ela é muito dedicada ao esporte, e ela se cobra demais por ser capitã. Mandei mensagem pra ela, mas ela não me respondia. Elas já tinham pego a estrada e chegariam por volta das 16 horas. Fui me arrumar porque eu iria receber meu time, fora a saudade que eu estava.
Ao chegar na rodoviária, fui me informar onde elas iriam desembarcar, fui até com a camisa do time, e fiquei ali aguardando e observando as placas dos ônibus pra não passar nenhuma vergonha. Assim que avistei o ônibus, os meus divertidamente já ficaram alegres. Me levantei e fui correndo para a porta do ônibus como uma criança. As meninas já desceram me abraçando, eu feliz pelo jogo delas e elas felizes por me verem recuperada, quase que 100%.
- Tá melhor amiga? - perguntou Roberta.
- Sim, Rô - respondi dando um abraço forte nela.
- Ela está trajada - ouvi a Gabi falar e vi ela descer pela escada do ônibus, com o ombro todo enfaixado.
- Que isso? - perguntei assustada olhando pra todo mundo.
- Torci o pé e na hora de cair foi com o ombro, mas não é nada demais - disse ela chegando próximo e me abraçando, eu nem reagi o abraço devido ao choque.
- E ninguém me fala nada? -
- Ah não tem mãe de ninguém aqui - resmungou Jéssica. Vi Gabi se curvando para pegar sua mala e fui correndo para ajudar ela.
- Não precisa - ela reclamou.
- Precisa sim, você é capitã, não pode piorar esse ombro - peguei suas malas e fomos para a sala de espera da rodoviária. - Vou chamar um Uber e vamos lá pra casa, não vou deixar você sozinha desse jeito -
- S/n!!! Virou babá agora - reclamou novamente.
- Sim -
- Isso aí s/n, ela é muito temoisa, quase se machucou de novo no banheiro - falou Ana. Só encarei a Gabriela e ela virou para o lado. Solicitei um Uber e ficamos aguardando junto com as meninas, algumas foram embora antes e outras ficaram ali esperando.
- Essas roupas estão todas sujas - disse Gabi.
- Graças a Deus tenho uma máquina de lavar - respondi e o Uber segurou o riso.
- Sabe que eu não gosto disso - novamente resmungando. Assim que chegamos em casa, peguei sua mochila e coloquei todas as roupas para lavar, peguei uma toalha e um conjunto fresco para ficar em casa.
- Vai precisar de ajudar pra tirar a tala? - perguntei e ela acenou positivo com a cabeça. Quando fui ajudar, dei um abraço. - Sei que você deu seu melhor, todo mundo sabe - consegui tirar um sorriso daquele rosto que estava quieto. Auxiliei pra que ela retirasse a tala e gemeu bastante de dor. Enquanto ela foi tomando banho, pedi pra que deixasse a porta destrancada, fui fazendo uma janta, era simples, um macarrão na bolonhesa, mas era uma janta gostosa.
- AH - ela chegou por trás e me assustou, no reflexo acabei empurrando seu ombro machucado e ela também gritou.
- Meu Deus, como você faz isso? Pelo amor de deus Gabriela - me aproximei dela, e apesar da dor ela começou a gargalhar.
- Acho que é uma boa ideia, morar de favor aqui -
- De favor, teu cu - respondi e ela começou a rir novamente. Céus, que ideia foi essa de ter trazido ela, ela iria me atentar noite e dia.
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Gabi e eu
RandomUma grande amizade que se formou na quadra, jamais imaginaria o rumo que iria tomar...