capítulo sete

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Estava sentada na sala de estar mexendo no notebook, fazendo cursos para incluir nas horas extracurriculares da faculdade, cursos pra agregar no meu currículo. Percebi Gabriela inquieta, arrumando a casa e indo pra lá e pra cá.

- Você pode parar? - encarei e ela virou os olhos.

- Vamos sair, por favor? - movimentou o seu braço bom como uma criança. - Por favor - lançou um olhar pidão. Eu abaixei a tela do notebook.

- Tá bom - me rendi e ela deu um sorrisão. Nós já estávamos "prontas". Então só descemos o apartamento e fomos andar pela rua.

- Ah eu estava me sentindo em cárcere - falou Gabi.

- Mas está - brinquei. - Mas Gabi, se você estiver bem e quiser voltar pra casa... -

- Só vou quando eu estiver te incomodando -

- Então devia tá em casa mesmo - brinquei novamente.

- Caramba - arqueou as sobrancelhas e eu dei risada. Fomos nos aproximando de um parque tinha ali por perto. Ela viu algodão doce e comprou dois. - toma - me deu o algodão doce.

- Aaah, o que? A Gabi meiga? -

- Meu Deus, é tiração de sarro o dia inteiro - riu Gabriela. Fomos caminhando em direção a um lago que tinha no parque e sentamos ali.  - cara, se tiver uma aranha aqui... -

- Não vai ter - assim que nos arrumamos, bati o olho em um casal e vi Ricardo, paralisei por um tempo.

- O que? - Gabi olhou pra ver o que era. - se você quiser nós vamos embora -

- N-não, deixa... - olhei pra baixo e comecei a comer o algodão. Se é que é possível comer um algodão antes que ele derreta. Senti a mão de Gabi encostar no meu queixo e levanta-lo.

- Isso, sempre com a cabeça lá em cima - ela piscou os olhos e afirmou com a cabeça. Suspirei novamente. - você ainda ama ele? -

- Não digo que é amor, mas é uma sensação muito estranha de ve-lo, nós tivemos um relacionamento longo, mas eu juro por Deus que não quero falar dele -

- Como está sendo morar comigo? - fez a pergunta mais aleatória do mundo.

- De verdade? Eu estou amando, não fico sozinha, até porque quando eu ficava eu ligava pra você, você me ajuda em casa, claro, no que pode - pelo semblante da Gabi, ela não imaginava que eu daria essa resposta.

- Sério? - ela sorria.

- Sim, inclusive se um dia você quiser morar comigo, o convite está aí! -

- Sério? - ela estava com o semblante serio.

- Sim Gabi - sorri.

- Não, mas sério mesmo? Se eu quiser pegar minhas coisas e me mudar pra sua casa hoje, eu posso? -

- Sim -

- Ah você está falando da boca pra fora -

- Não estou, já disse, se for do seu desejo morar comigo, está convidada, eu passo muito tempo sozinha, e você é uma grande amiga -

- Caraca - ela riu. - não acho uma má ideia -

- Hoje vamos jantar o que? - perguntei.

- Não sei, preciso voltar pra minha antiga casa pra organizar a mudança -

- Uma mudança com um braço - dei risada.

- Três braços - olhou pra mim.

Gabi e euOnde histórias criam vida. Descubra agora