𝗔𝗘𝗠𝗢𝗡𝗗 𝗧𝗔𝗥𝗚𝗔𝗥𝗬𝗘𝗡

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𝗣𝗘𝗥𝗦𝗢𝗡𝗔𝗚𝗘𝗠 : 𝗔𝗲𝗺𝗼𝗻𝗱 𝗧𝗮𝗿𝗴𝗮𝗿𝘆𝗲𝗻 𝗲 𝗢𝗰
𝗡. 𝗗𝗘 𝗣𝗔𝗟𝗔𝗩𝗥𝗔𝗦: 3417

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SPACE SONG

"Todos esses movimentos, até os que ninguém, nem mesmo a própria jovem, percebera, foram analisados e admirados por Aemond

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"Todos esses movimentos, até os que ninguém, nem mesmo a própria jovem, percebera, foram analisados e admirados por Aemond."

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      NO CÉU NUBLADO dos Sete Reinos costumava vagar uma pequena ave branca. Desprovida de visão, ela raramente pousava sobre o solo e, quando fazia, se escondia do frio dentro dos buracos das casas dos populares. Nas sombras, inocentemente ouvia o barulho da vida de dentro das casas, presenciava o calor humano das mães com seus filhos e o afeto transmitido entre eles.

      Pobre ave branca! Vivia solitária pelos céus sem uma única companhia para si. Numa noite de inverno, se aquecia perto da lareira de uma família mais afortunada. Esta era a única parte boa de se ser uma ave, poder invadir as casas dos ricos e pobres sem ser visto.

      A noite tomava conta da atmosfera, quando a ave branca ouviu passos ecoarem pelo corredor. Voou rapidamente de volta para o buraco que se escondia, então ouviu a voz de uma criança pequena.

      "Não se preocupe" a criança disse correndo até o sofá em frente ao calor do fogo.

      A ave branca, mesmo sem poder enxergar, ouviu o canto de outra ave. Era sofrido e triste, apesar de não saber do que tratava-se a angústia do seu irmão de espécie, sabia que a criança havia sido corajosa o suficiente para resgatar o animal.

      Aquela a que nos referimos era a ave negra. Aquecida pelo calor da mão da criança, a ave sofria com a perda de sua família. Um nobre caçador havia tornado de seus inocentes pais prato de uma singela refeição para ricos vendedores. A ganância humana havia ganhado mais uma vez da natureza.

      Por pouco a vida da ave negra não havia sido roubada, mas aquilo não passara impune sobre ela. Machucada pelo ataque, o animal indefeso mal conseguia abrir os olhos machucados. A dor era tamanha que teve que aceitar os cuidados humanos sem nem mesmo poder fugir.

      Ao ser colocada ao lado da janela aberta, a criança deixou a ave livre para voar para longe. Não poderia fazer muito pelo animal, pois sabia que seus pais o matariam assim como tentara o caçador. O calor da casa era a única coisa que poderia ofertar.

      Vendo o pequeno humano deixar o cômodo, a ave branca se aproximou da enferma ave negra.

      Mesmo tão desconhecidas, eram ali companheiros de dores. Nunca na vida a ave branca imaginou encontrar alguém como si.

𝐼𝑀𝐴𝐺𝐼𝑁𝐸𝑆 𝐷𝐼𝑉𝐸𝑅𝑆𝑂𝑆Onde histórias criam vida. Descubra agora