𝗔𝗔𝗥𝗢𝗡 𝗧𝗔𝗬𝗟𝗢𝗥-𝗝𝗢𝗛𝗡𝗦𝗢𝗡

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𝗣𝗘𝗥𝗦𝗢𝗡𝗔𝗚𝗘𝗠 : 𝗔𝗮𝗿𝗼𝗻 𝗧𝗮𝘆𝗹𝗼𝗿-𝗝𝗼𝗵𝗻𝘀𝗼𝗻 𝗲 𝗢𝗰
𝗡. 𝗗𝗘 𝗣𝗔𝗟𝗔𝗩𝗥𝗔𝗦: 1336

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Podiam ser ricos ou pobres

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Podiam ser ricos ou pobres. Em cada vida amava ela tão profundamente como se a visse pela primeira vez.

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     AS GOTAS CRISTALINAS DA GRUTA caiam docemente pelas pedras brilhantes do local. Sendo um historiador nato, como de fato era, Aaron nunca havia imaginado em toda sua vida conseguir encontrar lugar tão encantador como tal.

     Depois de dedicar tantos anos buscando respostas para lendas antigas, era difícil de acreditar que aquele espaço não havia sido realmente tirado de velhos pergaminhos esquecidos pelos homens. Deixando a família em outro continente para entregar a vida na procura de novos desafios, estava desta vez em mais uma longa expedição.

     O barulho enigmático da caverna escondida brincava com as ambições do jovem homem atento em registrar cada detalhe da descoberta fascinante em seu amarrotado caderno. As longas viagens que havia feito para chegar ao desconhecido local tinham finalmente valido a pena. Deixando as anotações de lado, Aaron deixou o pequeno livrete em cima da pesada bolsa que levava consigo, a qual estava caída sobre uma grande pedra, e então deu um passo adiante em direção a água cristalina.

—— Apresente-se criatura das águas —— ele gritou vendo sua voz ecoar e logo depois sentiu as águas se mexerem com o tom de sua voz —— Não tenhas medo!

     Do fundo da gruta pode ver a calmaria das águas serem substituídas pelo tremor das ondas que batiam em seus brutos sapatos de couro nos pés. A escuridão tomava o lugar como um neblina, seus olhos azuis quase se fechavam para tentar observar a movimentação misteriosa que cercava a caverna.

     Respondendo aos seus pensamentos, se arrastava pelo fluxo do abismo a resposta de suas pesquisas e teorias. Ela estava bem ali em sua frente, a criatura de suas histórias fantasiosas.

     Sentiu seu peito errar as batidas, aquilo definitivamente era real. 

—— Qual é o seu nome? —— ele perguntou vendo a figura se aproximar de seu corpo.

     As presas afiadas pularam da boca da figura feminina quando um grunhido saiu de seus lábios em resposta. Seus cabelos eram tão compridos que tomavam conta da água quando mergulhados, já sua pele nua reluzia com o fecho de luz que invadia pelo topo da caverna.

     Parecia fisicamente com uma mulher, mas definitivamente não era uma.

     Não era um demônio, pois lhe faltavam a malícia humana, mas com toda a certeza não era um anjo.

𝐼𝑀𝐴𝐺𝐼𝑁𝐸𝑆 𝐷𝐼𝑉𝐸𝑅𝑆𝑂𝑆Onde histórias criam vida. Descubra agora