── ✩ ── IMAGINAÇÃO ── ✩ ──
Substantivo feminino
1. faculdade que possui o espírito de representar imagens.
2. faculdade de criar a partir da combinação de ideias; criatividade.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
"Era dotada de conhecimentos de literatura, geografia, história e cálculo. Tinha o dom de tecer e de cantar. Sabia de tudo isso por ouvir dos outros, mas queria saber mais qualidades da mulher por conta própria."
── ⋅ ⋅ ── ✩ ── ⋅ ⋅ ──
COM PASSOS AFLITOS, Ravenna rodeava a sala com inúmeros pensamentos percorrendo por sua mente. O frio era tamanho que parecia invadir as paredes grossas de Winterfell até mesmo ao lado de uma lareira acessa. Aquela era a segunda noite desde que havia chegado ao Norte, a anterior não havia sido muito melhor, nem mesmo coberta por inúmeras camadas de lã que as empregadas tinham preparado na cama foram suficientes para que ela pudesse ter uma noite de sono completa.
Na sala ao lado, o rumo de sua vida era debatido com um jogo de cartas e algumas taças de vinho. Da porta que ligava os dois cômodos era possível ouvir um leve balbuciar de vozes grossas. Os homens pareciam entretidos com as negociações que faziam acerca da mão de Ravenna.
O estômago revirava dentro do seu pequeno corpo. Uma empregada, vendo a agitação da jovem, a ofereceu um copo de água com açúcar para acalmar o espírito da nova pretendente do Lorde Stark.
—— Aqui, minha senhora —— a emprega disse colocando a bebida sobre a mesa de centro.
A garota observou a porta por uma última vez antes de se sentar no sofá e dar um gole grande na mistura. A dor em sua barriga pareceu só piorar. Ravenna se remexia desconfortavelmente pelo estofado procurando uma posição em que seu corpo não reclamasse da dor.
Quando a empregada se retirou do quarto, a jovem se viu sozinha, mas não completamente. Na parede, uma grande pintura de Cregan Stark estava pendurada.
A imagem a dava medo. O cavalo em que estava montado era grande e imponente. Nas mãos, o homem carregava uma espada machada pelo sangue dos inimigos, esses caídos melancolicamente ao fundo do quadro.
—— Meu marido —— ela sussurrou fracamente vendo a face do homem com os cabelos bagunçados pelo conflito e o sorriso de vitória que carregava.
O título de Lorde combinava com sua fisionomia, mas o de marido custava entrar na mente de Ravenna.
A porta do quarto ao lado se abriu revelando a figura de seu pai. O homem estava evidentemente animado e contente, entrava na pequena sala, em que Ravenna se encontrava, com os braços abertos esbanjando todas as joias pesadas em seu braço e pescoço. A capa vermelha em suas costas balançava com os passos saltitantes que dava.
