── ✩ ── IMAGINAÇÃO ── ✩ ──
Substantivo feminino
1. faculdade que possui o espírito de representar imagens.
2. faculdade de criar a partir da combinação de ideias; criatividade.
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E LÁ ESTAVA ELE DE NOVO, observando ela cantar, enquanto fumava. Aquilo já havia se tornando parte da rotina de Billy, todo sábado a noite, em vez de ir as festas que sempre ia, aparecia no velho bar da cidade vizinha de Hawkins, onde Lily cantava.
A jovem era a, esquecida, irmã mais velha de Steve. Ela achava as brigas do novato com seu irmão ridículas, mas não podia negar que o achava atraente quando o via bebendo whisky ou fumando um baseado.
Sacudindo seus quadris cobertos por um pequeno e justo pedaço de tecido, a morena cantarolava melancolicamente a letra da música. Ela podia sentir o olhar do mais novo queimar sobre seu corpo, mesmo com uma multidão em sua frente. Com o final da música, ela se curva diante a plateia, ouvindo os aplausos e sai do palco.
Para Billy, a garota parecia um anjo. Seus traços eram delicados e seu corpo era perfeito. Mesmo não acreditando em Deus, tinha certeza que Lily havia sido esculpida por ele.
Ele desencosta do pilar que estava escorado e caminha em direção ao backstage, onde Lily provavelmente estaria o esperando. Passando pelos seguranças sem preocupação, ele finalmente encontra o camarim da Harrington.
Billy bate na porta e logo é dada a permissão para entrar, o lugar estava perfeitamente organizado, assim como o quarto dela. Depois de tantas vezes pulando a janela do quarto da garota, notou como tudo sempre estava em seu devido lugar.
Lily estava ainda com a roupa da apresentação, sentada na pequena penteadeira, tirando seus acessórios e penteando o longo cabelo.
—— Você demorou —— ela disse guardando os anéis no porta joia, observando ele pelo reflexo do espelho —— Achei que não iria vir hoje.
—— Sentiu saudades? —— ele ri tirando a escova das mãos de Lily e começando a pentear o cabelo dela —— Tive que fechar a piscina.
—— Brigou com Steve, hoje? —— ela pergunta se virando para ele —— Estou cansada de ter que cuidar dos machucados dele sempre que volto para casa!
—— Relaxa, depois que te prometi parar de atormentar ele, nunca mais o soquei —— Billy se senta num sofá ao lado de Lily —— Quer que eu te leve pra casa? Não gosto da ideia de você pedir carona na estrada para estranhos.
Era raro Billy ficar preocupado com os outros, mas aquela era uma cena que Lily via diariamente. Ela se levanta e caminha em direção ao garoto, passa a perna sobre ele e senta em cima dele.
Billy segura as coxas dela com força, a posicionando mais confortavelmente sobre seu colo. Lily passa os dedos delicados sobre os cachos dele, assim acariciando seu rosto, ele fecha os olhos aproveitando o toque e a demonstração de afeto dela. A cantora beija a têmpora de Billy e sussurra em seus ouvidos.
—— Você se preocupa demais comigo —— ela passa os braços pelo pescoço dele —— Desse jeito eu vou me apegar.
—— Tudo bem —— ele diz ainda com os olhos fechados —— Eu já me apeguei faz tempo.
Lily aproxima seu rosto e sela os lábios com Billy. O mais novo segura sua cintura, juntando seus corpos e aprofundando o beijo ao ponto de deixá-los sem fôlego. Para eles, cada beijo parecia único, como se fosse o primeiro de muitos que ainda viriam pela frente.
—— Eu sei que você me quer —— Lily sussurra no meio do beijo —— Mas, eu quero que você me diga.
Billy deita a garota sobre o sofá e fica por cima dela, deixando com que sua corrente encostasse sobre os peitos de Lily, que estavam prestes a explodir o, apertado, corset que os prendiam. Billy não conseguia desviar o olhar deles, eram grandes o suficiente para afoga-lo na imensidão de seu esculpido corpo.
—— Eu te quero, Elizabeth Harrington —— ele confessa verdadeiramente beijando o rosto da mais velha.
Poderiam achar que aquilo era um mentira, mas Billy estava realmente viciado nela. Desde que tocou pela primeira vez em Lily, à alguns meses atrás, nunca havia mais dado em cima ou transado com qualquer outra menina. Somente com ela.
Lily desfaz o laço que os prendiam e dá a visão que Billy tanto saciava. Ele passava a mão pelas curvas de seu corpo nu e inicia um trilha de beijos sobre ele, começando por seus lábios até chegar em seus seios. Apertando com força um deles e beijando o outro, Lily solta um gemido de satisfação sentido Billy explorar seu corpo.
Era como se não houvesse mais nada ao redor dos dois, sem pais agressivos, sem intrigas familiares, sem problemas. O mundo de Billy se resumia a Lily, assim com era o oposto para ela.
Enquanto estavam distraídos, uma pessoa bate na porta do camarim. Lily se levanta assustada e decepcionada com a intromissão, ela beija Billy por uma última vez e separa seu corpo do dele, ele resmunga, mas acaba sedendo.
A jovem põe o corset de volta e arruma os cabelos por uma última vez antes de abrir a porta.
—— Achei já tivesse ido embora, Lily —— um cara mais velho da banda diz, assim que ela abre uma frecha da porta.
—— Oh, ainda não —— ela ri de maneira desconfortável —— Por que a curiosidade?
—— Estava pensando se não queria beber um pouco —— ele diz encostando no batente da porta —— Comigo.
—— Foi mal, tenho um compromisso —— ela diz fechando a porta, mas é impedida pela mão dele.
—— Qual é Lily? É só uma garrafa —— ele insiste, incoveniente.
—— Ela já tem companhia —— Billy diz abrindo mais a porta, permitindo que o cara o visse atrás de Lily, com a blusa aberta amassada e os lábios manchados com o batom vermelho da garota —— Agora deixe minha garota em paz, se não quer morrer agora.
Billy fecha a porta na cara do homem com força, sentindo suas veias saltarem para fora de sua pele. Ele suspira estressado, mas Lily acaricia seu peito.
—— Onde estávamos? —— ela pergunta maliciosamente o segurando pelo colarinho, Billy sorri de lado e ataca os lábios de da garota.
