── ✩ ── IMAGINAÇÃO ── ✩ ──
Substantivo feminino
1. faculdade que possui o espírito de representar imagens.
2. faculdade de criar a partir da combinação de ideias; criatividade.
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𝗔𝗬𝗥𝗔' 𝗢𝗡
FECHEI AS GRANDES CORTINAS DO QUARTO. A imagem da neve cheia de sangue ainda perturbava meus sonhos, um vermelho carmesim que se espalhava rapidamente pelo chão branco.
Não tinha como fugir. A guerra já havia sido iniciada. Aquela história só terminaria com Rhaenyra no trono ou com Aegon levando o reino á loucura.
As confusões no trono condenaram minha família. Mataram meus familiares que foram convocados ao campo de batalha. Eu não podia perde-lo, não por culpa da imaturidade de seu irmão.
——Alguma carta nova? —— perguntei a dama de companhia que servia o chá.
——Ainda não, minha senhora —— ela diz me entregando a xícara.
——Não se preocupe, tenho certeza que Aemond voltará sã e salvo —— Helaena me confortou bebericando sua bebida. Ela dizia como se seu marido também não estivesse envolvido em toda a história.
Alice havia nos mandado para um castelo escondido no meio da alta floresta sem contato com nenhuma pessoa, além dos pouquíssimos funcionários e soldados, ela declarou que seria mais seguro se estivéssemos longe de todo o perigo. Ela só não sabia que eu e Aemond havíamos jurado aliança á Rhaenyra.
——Eu sei, minha rainha, mas não posso deixar de me preocupar com meu marido —— desabafo.
Aemond e eu tínhamos nos conhecido por conta das relações entre nossas famílias. Um targaryen e uma Stark. Meus pais eram submissos ao trono de ferro, não importava quem o liderasse, eles só ligavam para a luxúria e os privilégios da história, como lobos solitários que viviam a base de interesse para sobreviverem.
Minha paixão pelo príncipe era inocente, um amor de criança. Ele passava longas tardes me ensinando o alto valeriano, enquanto eu o ajudava a melhorar suas táticas no campo. Entretanto, tudo mudou assim que perdeu um de seus olhos.
Aemond perdeu sua inocência, o calor da infância cessou para a escuridão e frieza da vida adulta. Eu tentava o enviar inúmeros cartas, mas meus pais me censuraram.
A noite havia caído novamente no castelo, e com ela mais uma noite que passaria sem meu amado ao meu lado.
O aroma amadeirado da floresta toma conta das minhas narinas, o cheiro era tão forte e igual quanto o de Aemond, era como se ele estivesse atrás de mim. Sinto algumas lágrimas escorrerem pelos meus olhos inconscientemente.
