𝗟𝗢𝗥𝗘𝗡𝗭𝗢 𝗭𝗨𝗥𝗭𝗢𝗟𝗢

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𝗣𝗘𝗥𝗦𝗢𝗡𝗔𝗚𝗘𝗠 : 𝗟𝗼𝗿𝗲𝗻𝘇𝗼 𝗭𝘂𝗿𝘇𝗼𝗹𝗼 𝗲 𝗢𝗰
𝗡. 𝗗𝗘 𝗣𝗔𝗟𝗔𝗩𝗥𝗔𝗦: 2129

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𝗕𝗬 𝗦𝗧𝗔𝗥𝗟𝗜𝗚𝗛𝗧

"As estrelas, sendo as únicas testemunhas do sentimento desconhecido que surgia entre eles, presenciaram as duas almas jovens se afogarem no amor

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"As estrelas, sendo as únicas testemunhas do sentimento desconhecido que surgia entre eles, presenciaram as duas almas jovens se afogarem no amor."

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      AS MANHÃS DE INVERNO, sempre foram as mais difíceis para Martina. Nascida e criada em Roma, nunca se acostumaria com o frio dos Alpes quando visitava os avós durante o natal. Durante essas épocas, as ruas e vielas da capital também ficavam cobertas por neve, mas nada se comparava com a sensação de se estar ao lado da cadeia montanhosa que se estendia por todo o continente. A jovem estava acostumada com o calor humano, passava horas nas praias do litoral com seus amigos aproveitando a brisa do verão, assim como toda jovem italiana que passava nas telas dos cinemas.

—— Pode abrir a padaria para mim hoje, tesoro? —— a senhora de cabelos grisalhos perguntou com um doce sorriso no rosto ao abrir a porta do quarto da neta.

     Suas bochechas rosadas combinavam com as roupas coloridas que usava. Sua avó era, sem sombra de dúvidas, a pessoa mais carinhosa que a jovem conhecia. Os poucos dias que passava na casa dela eram o suficiente para que Martina compreendesse o porque dos seus pais serem do jeito que são.

—— É claro, nonna —— Martina respondeu ainda atordoada depois de ter tido uma longa noite de sono.

     O casal de idosos era dono de uma antiga padaria em Vela, uma pequena cidade vizinha de Trento. Martina Rossi era neta dos dois e sempre que tinha oportunidade fugia da vida agitada em Roma para visitá-los. Morava sozinha, já que seus pais viajavam por todo o continente como verdadeiros hippies, passando de país em país com uma vã enferrujada, roupas largas e ouvindo músicas que os lembravam da era de ouro da luta pela paz e amor. Martina costumava olhar as fotos velhas nos álbuns de sua avó. Era divertido tentar imaginar seus pais sendo jovens incompreendidos enquanto fumavam e bebiam com os amigos em festivais, até parecia que não havia perigo nas ruas naquela época.

     Todos se conheciam no vilarejo, e apesar das visitas só acontecerem duas vezes ao ano, já era o bastante para ser conhecida por grande parte da pequena população. Sempre que abria a padaria, como naquela manhã, via rostos frequentes, dos fregueses fiéis do comércio, chegando um após o outro.

     Dona Francesca pedia pães frescos e dois sonhos para seu neto.

     O Senhor Tomazzo comprava um pedaço de bolo para sua esposa.

𝐼𝑀𝐴𝐺𝐼𝑁𝐸𝑆 𝐷𝐼𝑉𝐸𝑅𝑆𝑂𝑆Onde histórias criam vida. Descubra agora