── ✩ ── IMAGINAÇÃO ── ✩ ──
Substantivo feminino
1. faculdade que possui o espírito de representar imagens.
2. faculdade de criar a partir da combinação de ideias; criatividade.
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"Para infelicidade de Daemon, a filha voltaria mais indomável e rancorosa, agora, ao lado de seu marido."
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JACAERYS SE LEMBRAVA com facilidade da última vez que havia visto a filha mais velha de Daemon, sua prima, como uma memória fresca em sua memória, daquelas que permanecem por muito tempo e retornam em sonhos calmos e tranquilos.
"Não precisa chorar, Jace." a princesa disse secando as lágrimas que caiam dos olhos do garoto mais novo, "Prometo que voltarei antes que se de conta". Os dois estavam sentados, o jovem se deixava levar pelo calor das emoções e a expressão culpada de Daenna só piorava a situação.
"Não quero que me deixe. Posso convencer minha mãe que se case comigo, aí não terá que partir!" ele disse soluçando. Jacaerys era um menino sincero que diferente dos outros não temia os julgamentos que recebia ao deixar seus sentimentos extravasarem. Ele parecia sempre estar preparado para arranjar uma solução quando os problemas de Daenna com o pai pareciam piores do que o normal.
"Daemon não permitiria!" ela sorriu sentindo pena do destino que a cercava. "Ele me mandará para longe, antes que suas dores façam efeito no coração de Rhaenyra." as palavras saiam de sua boca com dificuldade. O pai da jovem queria se livrar dela o mais rápido possível, mas nenhum velho da corte parecia querer casar-se com a filha da 'Vaca de Bronze'.
"Se eu te encontrar novamente, promete que poderei ter sua mão?", o garoto implorou apertando os olhos.
"Tudo bem", ela disse secando as últimas lágrimas e logo em seguida respondeu cruzando seu dedo ao do garoto.
Ele tinha a vaga lembrança de quando menor puxar a barra do vestido de Daenna toda vez que a via conversando com sua mãe para que pudessem brincar no jardim. O jovem príncipe adorava passar horas com a garota apenas para poder a ouvir ler ou cantar cantigas dos antigos em Alto Valiriano, sua voz suave expressava a linguagem nobre com tamanha dedicação que Jacaerys se sentia encantado pela figura da dama mais velha. Diferente dos outros primos ou das pessoas da corte, Daenna tinha uma alma agitada e doce, era naturalmente encantadora em comparação aos olhos cruéis em seu redor.
Os antigos septões costumavam manter um livro sobre cada parente da família Targaryen narrando todos os seus feitos durante a vida. Os escritos de Daenna estavam praticamente vazios. As primeiras páginas retratavam seu nascimento conturbado. Durante longos anos havia sido a única filha de seu pai, de um casamento infeliz e inoportuno. Os outros reinos da época comentaram muito sobre o assunto, para eles, a ideia de Daenna ser filha legitima do irmão de Viserys era algo quase impossível devido a relação complicada que seus pais tinham, mas seus cabelos brancos e olhos claros eram inegáveis. Quando sua mãe, Lady Rorce, subitamente faleceu, as relações da jovem com o pai pioraram cada vez mais. O que antes eram brigas corriqueiras, haviam se transformado em batalhas dolorosas.
