005|REENCONTRO INESPERADO

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⁰⁰⁵'REENCONTRO INESPERADO

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⁰⁰⁵'REENCONTRO INESPERADO

「atualmente」
- Halina

          EU QUERIA ME SENTIR VIVA, AQUELA SENSAÇÃO memorável de estar ali, e não ser somente mais alguém de passagem

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         EU QUERIA ME SENTIR VIVA, AQUELA SENSAÇÃO memorável de estar ali, e não ser somente mais alguém de passagem. Se sentir viva pode variar de várias formas, existem pessoas que pela sensação fazem amizades, o que as faz acreditar que agora elas respiram novamente, e outras, assim como eu, sentem a vida na adrenalina, naquela curva fechada feita em alta velocidade, quando sequer carteira temos, algumas pessoa são mais conscientes, sabem que o viver se resume ao respirar e fazer as coisas acontecerem, eu queria ser como elas, mas eu amava a sensação do perigo, o coração batendo forte contra o peito e a mente implorando que era uma ideia ridícula... somos viciados em adrenalina, mas nossos cérebros ainda tentam avisar.

        Me sentiu na cama sentindo o sol entrar pelo cômodo e começar a queimar minhas pernas, já estava acordada a horas, as noites mal dormidas estavam cada vez mais constantes, sempre com sonhos semelhantes onde Gus me encontrava somente para me chamar de traidora e me matar, o que era ridículo—gus estava morto. Talvez fosse, um pouco, o peso de estar atirando pelas costas do cadáver do meu irmão, destruindo algo que ele construiu, mas Gus merecia perder tudo isso, sendo na vida ou na morte.

       Resmunguei comigo mesmo sobre ter uma vida de merda e sem emoção, era cansativo estar sob vigilância da polícia, mesmo que fosse para minha proteção, já que atualmente eu era uma ameaça a Marco, pensar que sequer poderia alugar um carro para correr nas ruas... Era engraçado pensar isso quando sequer tinha dinheiro para um carro.

      Dias pacatos se tornaram normais no pequeno prédio que eu vivia, meus vizinhos, em sua grande maioria velhos à beira-da-morte, não faziam muito barulho, tirando o senhor do 21, ele tossia o dia inteiro, e foram esses idosos que me fizeram refletir que eu não quero chegar nessa idade, não gostaria de envelhecer e não conseguir cuidar de mim. Me levantei, mesmo sentindo meu corpo reclamar, passei tanto tempo deitada que minhas a lateral do meu corpo doía, essa era a minha rotina, sem um emprego—porque ninguém quer uma traficante—, e vivendo da alta quantidade de dinheiro que as drogas me trouxeram, mas para a polícia eu não tenha nada além de um trauma.

DIRTY LIVES| devil's nigth     (EM BREVE)Onde histórias criam vida. Descubra agora