VIDAS SUJAS| O QUÃO LONGE VOCÊ iria por sua família? O quanto lutaria por algo que é errado para ajudar aquelas que ama e principalmente o quanto está disposta a largar uma pessoa que amou para protege-la?
MAKAYLA BENITEZ iria ao fim do mundo...
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⁰⁰²'ANTIGO ROSTO 『Atualmente』 - Makayla
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A CALMARIA NUNCA FEZ MEU ESTILO, NASCI E CRESCI EM MEIO AO CAOS da casa do pó, estar em um apartamento silencioso e segura nunca iria parecer o certo para mim, e era por esse motivo que eu procurava pela tempestade, a bagunça e o lugar que estaria lotado de pessoas bêbadas, gritando, rindo ou chorando, porque isso era o que me lembrava da minha infância, o puro caos que me tornou quem eu sou hoje, a tempestade que me carregou ao meu destino de traidora e para a possível morte, afinal de contas traficantes que traem suas próprias "instituições" pagam com a vida.
Olhei ao redor enquanto estava sentada no banco do bar, segurava um copo de whisky forte, que poderia me derrubar em grande quantidade e dependendo de que lembrava chegasse a minha cabeça eu realmente faria questão de estar completamente alcoolizada. Alguns olhares caiam em mim, e não seria para menos, estava usando um vestido justo, aqueles estilos sensuais que deixavam um gosto de quero mais por não serem tão vulgares, ou talvez fosse a maquiagem forte destacando ainda mais meus olhos e o batom vermelho mostrando como meus lábios eram convidativos, era uma mistura de coisas que deixaram aos homens bêbados loucos, mas eu não faria questão de nenhum deles, o desejo carnal não assume controle de meu corpo, sou racional, fui criada para ser assim, e não conseguiria me entregar depois te ter tido alguém tão bom na cama, sabia que seria muita decepção se tentasse com outra pessoa.
Virei o líquido amargo de uma vez pela garganta, me virando novamente para o bardender que trabalhava andando de um lado para o outro, deixei o copo com a marca de batom sobre o mármore antes de pedir de forma arrastada:
— Outro.
— Não acha que seria bom dar uma maneira da hoje, Kayla?— Vitor perguntou.
Vitor, o bardender, trabalhava aqui desde seus dezoito anos, poderia contar sua história decorada de tanto que conversamos neste mesmo balcão. Era um homem de coração bom, que amava a ideia de trabalhar com bebidas mas tinha se metido em uma balada duvidosa cheia de drogas e que não lhe daria futuro nenhum, mas eu não poderia dizer isso em sua frente, era o lugar de seu pai... O bom de estar com Vitor é que eu sabia que não era a única de fazer de tudo pela família, me sentia melhor com minhas escolhas erradas, e até mesmo um pouco idiotas.
