Between Hell & Heaven - Sahyo

A Luta

   — Tem certeza que quer fazer isso? – Aiko perguntou apreensiva, olhando para a filha.

   — Eu preciso fazer isso, mãe. É a única forma de sairmos do lugar.

  A mais velha abaixou a cabeça, suspirou e assentiu. Fez um sinal da cruz na testa da filha e deixou um beijo em sua bochecha.

  — Confio em você, minha filha. Boa sorte.

  Sana forçou um sorriso e beijou a bochecha da mãe.

  — Obrigada, mamãe. Volto em breve. – se despediu, saindo para o pátio.

  Quando pisou novamente fora dos portões que cercavam o castelo, Sana sentiu uma onda de coragem atingi-la. Seu objetivo era claro: matar, de uma vez por todas, a mandante daquele maldito povo. E ela faria isso mesmo que custasse sua vida.

  Junto de alguns de seus homens, partiu em direção ao campo de batalha. Ela sabia que Jihyo aparecia lá como reforço para seu exército pelo menos cinco vezes durante a semana. Sana foi criada com os melhores cuidados e treinamento desde criança, logo, sua magia era muito superior a de qualquer soldado naquele campo. Ela fez um campo em torno de si e seus companheiros, que os mantinha seguros de qualquer ataque exterior. Quando finalmente chegaram na divisa entre os reinos, tomou posição e falou em seu tom mais alto e autoritário:

  — Onde está a rainha de vocês?! – Sana perguntou, e os demônios se entreolharam confusos. – Eu perguntei: onde está aquela imprestável?!

  O tom de voz de Sana ecoou pelo local, com raiva explícita. A luta ficou paralisada, e uma risada debochada foi ouvida. Um caminho se formou entre o exército inimigo, dando espaço para a morena passar.

  — Imprestável, querida? Você pode me chamar de várias coisas, mas disso não. – parou de frente para a Minatozaki, sorrindo.

  — Não quero papo furado, Jihyo. Vim aqui porque quero dar um fim nisso de uma vez por todas.

  — Ah, é? E o que pretende fazer, gata? – Park provocou, ainda com um sorriso nos lábios.

  — Quero lutar contra você. – Sana falou firme, e Jihyo cruzou os braços.

  — Tá falando sério, cara? – perguntou incrédula.

  — Dá pra parar com esse jeito debochado? – a loira resmungou, se aproximando da outra.

  — Se você insiste. – deu de ombros e soltou os braços, a olhando fixamente nos olhos.

  Sana sentiu um calafrio invadir seu corpo, mas manteve a pose. Puxou Jihyo pelo braço violentamente e voou para longe com ela.

  — Ei, ei. Calma, gatinha. Pra que essa grosseria? Nem começamos a briga ainda. – Jihyo falou puxando o braço, assim que pousaram.

  — Para de me chamar assim, inferno! – Sana gritou irritada, acertando um soco contra Jihyo. Ela cai no chão.

  — Você que pediu. – Jihyo diz, se levantando com uma expressão completamente diferente. Ela voa na direção de Sana, a lançando longe. Ela bate contra uma árvore e encara a Park com o rosto vermelho de raiva.

  A loira se move com rapidez, agarrando Jihyo pelos ombros. As duas caem no chão, e Sana começa a desferir golpes no estômago de Jihyo.

  — Você vai pagar pelo que fez, seu monstro! – grita enquanto bate na garota. Jihyo consegue se soltar e arranha o braço dela com suas garras.

  — Eu não sou o monstro aqui, querida! – se defendeu, devolvendo um soco no rosto de Sana.

  Minatozaki se sente ainda mais enfurecida, e lança um feitiço na direção da outra, que voa para o alto e desvia.