prólogo

57 9 2
                                    

obs: postarei os caps aos poucos, pois preciso ajustar pelas diferenças de formato. peço desculpa pelos possíveis errinhos. :)

  — Por favor, Donghyuck! Você costumava ser amigo dele... — Jeno implorava. — Ele precisa mesmo de ajuda, olha isso! — apontava pro amigo, que parecia eufórico e delirante.

  — Isso! Costumava, Jeno. No passado. — o sonserino revirava os olhos. No fundo, ele sabia que precisava ajudar.

  — Ele amava você. — o lufano disse, mas logo se explicou — Digo, eram ótimos amigos. Pode ser que não se suportem agora, mas vocês se davam muito bem. Não pode fazer isso pelo Mark do quarto ano?

  Donghyuck riu de forma genuína. No quarto ano deles, Mark fugiu de uma garota durante longos quatro meses. Ele o ajudava a se esconder e, às vezes, até mentia pra que ela o deixasse em paz. Naquela época, ele era muito importante, sim.

  Isso o balançou de algum jeito. Por mais que não fosse a atual realidade, sabia que poderia ajudá-lo a fugir de novo.

  Qual será o cheiro da amortentia dele agora?, se pegou pensando.

  — Posso ajudar, sim. Mas se eu escutar o nome dessa idiota mais uma vez, eu juro que enveneno ele. — Falava, com falsa rispidez. Não deixaria óbvio que havia pensado tanto sobre suas palavras.

  — Vou pegar meu livro. — pegou a varinha — Accio, meu livro de poções. — e o objeto voou até suas mãos — Um antídoto desses pode demorar um pouco, já aviso.

  — Não, relaxa! Obrigado por ajudar, Hyuck. — não se preocupou em usar o apelido do garoto — O Mark vai dar um jeito de calar a boca, — sussurrava mais para o amigo, entre dentes — né?

  No fundo, Jeno sabia que Mark não pararia, e isso o deixava nervoso. Ele estava fora de si, enfeitiçado. Além disso, Mark e Donghyuck eram muito complicados.

  Sentia tanta falta do sonserino quanto sentia de qualquer parente fora de Hogwarts. E, definitivamente, não esperava que falar com ele de novo fosse nessas circunstâncias.

  — Ok. Vou começar aqui. — Donghyuck disse, caminhando até a prateleira com os instrumentos que usaria — Mas eu quero algo em troca, sabe?

  — Tipo? — Jeno replicou, confuso.

  — Ah, não sei... O Mark ainda é bom com Trato de Criaturas Mágicas? Minhas notas não estão das melhores, e eu odeio isso.

  — Bom, sim. Mas eu não sei se ele gostaria de te ajudar com isso... — O lufano suspirou. Sabia que Mark odiaria saber disso amanhã.

  — Ah, porque eu adoro olhar pra cara dele todo dia! Olha, é favor por favor. Não estou feliz fazendo um antídoto pra amortentia que enfeitiçou o meu ex melhor amigo, mas veja... Estou fazendo! — Ele subia o tom. — Se não aceitar por ele, eu também paro aqui. Aposto que os professores podem ajudá-los.

  — Não! Calma, Hyuck. Ele aceita sim. — Se deu por vencido. Seria melhor, por ora.

  — Que bom, Neno! Fico feliz em ajudar, nesse caso. — Donghyuck concluiu o assunto, com um sorriso gentil.

  De forma alguma isso havia sido planejado. Ele havia pensado na possibilidade de pedir ajuda ao garoto antes, mas fazendo algo em troca, ele tinha o passe livre. Já que o chamaram, Hyuck não poderia perder a chance de melhorar seu desempenho.

  Ele odiava o outro Lee, sim. Mas não tanto quanto odiava não ser o melhor aluno – ao menos, da sua casa. Era questão de orgulho pessoal.

  Enquanto o antídoto era preparado, ambos os lúcidos na sala ficavam aflitos. Jeno sabia de certas coisas, e acreditava não ser hora de falar sobre. Isso era entre eles, então que se resolvessem quando Mark estivesse em sã consciência.

  Por outro lado, Donghyuck quase errava as medidas e se martirizava por isso, em silêncio. Estava nervoso também. Mesmo que não expressasse fisicamente, fazia algum tempo que não mexia com coisas como essas.

  Fosse um amor antigo, ou uma amortentia.

amortentia !markhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora