03.

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  Quanto aos melhores amigos de Donghyuck, suas reações foram de surpresa. Eles duvidavam que o Lee mais novo conseguisse passar uma hora ao lado de Mark, sem o matar.

  Chenle e Jisung — que não era mais amigo de Donghyuck, mas ainda era amigo do grifinório — chegaram à tentar apostar nisso.

— Eu aposto a sua capa da invisibilidade que o Hyuck vai amassar o Mark primeiro! — o Zhong falava. Estavam em um canto do salão principal, tomando café da manhã.

— Eita, Lele... — ele suspirou — Assim não vai dar! Não rola aposta, eu também acho que o Mark vai apanhar.

  E os garotos permaneceram rindo até o momento de suas aulas, dado que estavam no sexto ano, ao contrário de seus demais amigos.

🧪🧙‍♂️💗

  Mais tarde, o Lee mais velho saía das masmorras, ao lado de Donghyuck. Era segunda-feira e sua última aula havia sido de poções, onde o outro fez questão de exibir a forma como sabia o que estava fazendo, lidando com a poção embelezadora. Ele se questionou se isso poderia ter alguma ligação com o fato de que sua pele é sempre tão hidratada.

  Coisa que lembrava Mark do motivo pelo qual estava sendo obrigado à ficar sozinho numa sala com ele. O grifinório não estava apavorado por estar perto dele, mas sim por quantas formas possíveis Donghyuck poderia o matar ali.

  Veja bem, ele tem domínio de poções e feitiços. Nunca se sabe quando ele pode só usar uma maldição imperdoável. Por mais que, no fundo, o Lee mais velho soubesse que o sonserino nunca faria algo do tipo.

  Enquanto isso, à medida em que caminhavam em total silêncio, Donghyuck podia sentir suas mãos suando. Talvez estivesse doente.

  Não costumava suportar ficar tão perto de Mark. Ele o irritava profundamente, e acabavam sempre discutindo. O outro Lee não era santo, e podia ser cruel também. Eles se machucavam mutuamente.

  Mas Hyuck precisava disso, então faria o possível pra que os fins de noite fossem, ao menos, não tão enlouquecedores.

Eles entravam na sala precisa — escolhida por ficar fora do mapa dos marotos e relativamente escondida dos professores —, e sentavam nas cadeiras da mesa do local, que, diga-se de passagem, eram uma velharia. Eram dez horas da noite e ambos estavam cansados, com mil coisas na cabeça.

— Tá bom, olha... Ainda não pensei em um jeito de trazer o Bicuço pra cá, então não sei como vamos fazer a prática. — Mark suspirava, evitando olhar no rosto do outro — Mas creio que, pra um primeiro encontro, a teoria seja suficiente, né?

  Donghyuck gelou.

— Primeiro encontro? — seus olhos pareciam saltar — Você só está me dando aulas de TCM, não? — ele deu uma risada nervosa — Não é um encontro.

— Ah... É, foi o que eu quis dizer. — coçou a nuca, um pouco envergonhado — Jeno e Jisung disseram que estávamos indo nos encontrar pra estudar, então, era um encontro.

  O sonserino riu alto. Uma risada que Mark não escutava há mais de um ano. Sorriu também.

— Ah, sério? — Hyuck dizia, em um tom brincalhão — E você ainda acredita em tudo que eles te dizem? — riu de novo.

— Ei! Não é bem assim. — cruzava os braços, finalmente o encarando — Fazia sentido, se quer saber.

— Ah, sim. Tô vendo. — balançava a cabeça em negação.

  Quando pararam de rir, o silêncio tomou conta do local novamente. Não era constrangedor, mas os deixava aflitos.

— Bom, podemos começar sobre como você pode ganhar a confiança do Bicuço. Depois falamos sobre o agoureiro, mas isso é tranquilo. — ele fez uma pausa — Em relação a ele, a grande parte das histórias velhas são mitos.

amortentia !markhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora