amortentia !markhyuck

18.

  Após uma boa noite de sono aos que não participariam, e uma noite sem sono aos competidores de Hogwarts, estavam prontos.

  — É hoje! Parem de ser pessimistas, vamos mitar. — ele sorriu — Jaemin vai mitar.

  — O Jeno é meu fã, tão vendo? — brincou enquanto caminhavam para suas aulas. Antes do horário prometido chegar, teriam de passar por algumas delas.

  E, ao passar dos minutos na classe, enquanto Chenle se resolvia com Jisung no sexto ano, o sétimo estava na aula de oclumência.

  — Creio que ainda não tenham tido muitas aulas de Legilimência ou Oclumência, mas estou aqui para isso. — Severus Snape disse — É perigoso, mas deveras importante. Imaginem que um grande bruxo das trevas invade seus pensamentos, memórias e sonhos. O que fariam se não conseguissem privar sua mente? — bateu com a régua na mesa, assustando os alunos.

  — Típico de Snape. — Donghyuck sussurrou, revirando os olhos.

  — Senhor Lee... Já que tem algo tão importante, por que não serve de exemplo para a turma? — o professor provocou — Levante-se e venha até aqui.

  O garoto fez o que lhe foi mandado e sentou em uma cadeira isolada, na frente da sala.

  — Fiquei sabendo que você e Mark Lee poderão ser uma dupla... — seu tom era misterioso, e em conjunto com seu cabelo preto até o pescoço e suas vestes sempre pretas, era de dar calafrios em qualquer um — Portanto, já que está aqui, serão a dupla exemplo. Se Jaemin e Jeno quiserem participar também, poderão vir. — os garotos negaram silenciosamente — Ótimo! Mark, levante-se.

  Ao estarem de frente um ao outro, os Lee se encaravam nervosos.

  — O que Mark tentará fazer aqui é chamado de "oclumência". Trata-se de esvaziar a mente para que seus pensamentos não possam ser acessados. — Snape explicou à sala — Não pense em nada. Apenas não pense. — se dirigiu ao garoto — Enquanto isso, claro, Donghyuck tentará acessar sua mente, utilizando da legilimência. Usará sua varinha para mentalizar o fato de entrar nos pensamentos de seu colega. Uma vez que a pessoa for sensível e sentimental, é mais fácil fazer tal acesso. Podem tentar!

  E, com isso, os dois travaram uma batalha, onde Donghyuck segurava sua varinha com firmeza na direção da cabeça de Mark, e ele se esforçava muito para não pensar em nada.

  Todavia, Severus sempre faz as piores escolhas possíveis, e era quase impossível que o grifinório não pensasse em certas coisas perto do Lee mais novo.

  Foi quando Donghyuck se viu num transe estranho. Ele não estava mais na sala de aula, não. Ele estava se vendo, vendo Mark mais novo. Foi quando percebeu: era uma memória.

  E ele a reconhecia muito bem.

  — Você foi tão bem, Hyuckie! — era Mark quem dizia.

  Estavam no quarto ano, numa aula de Trato de Criaturas Mágicas. Haechan havia acabado de domar Bicuço pela primeira vez na vida, e tinha conseguido por ajuda do outro Lee.

  Ele descia da garupa do animal, e enquanto todos batiam palmas, Mark correu para o abraçar.

  — Eu tô tão orgulhoso de você! — o apertava ainda mais — Foi lindo. Nunca mais diga que você é ruim em algo, eu não acho que exista algo em que você não é bom.

  Sentiu que seus olhos iam derramar algumas lágrimas pra quem o estivesse vendo de fora, mas não se importava no momento.

  O problema daquela memória era o fim dela.