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  Depois das aulas, Mark aguardou Donghyuck na sala precisa, ainda com esperança de que suas aulas valessem de algo, ao menos depois do bom dia que passaram juntos.

Após dez minutos esperando, ele se arrumava pra ir embora, se martirizando mais ainda por tudo que disse. Pensava que talvez devessem mesmo se odiar pra sempre.

Bom, pelo menos, Donghyuck parecia o odiar de verdade.

Mas a porta finalmente abriu.

— Mark! Desculpa o atraso, mesmo! — o sonserino disse, esbaforido. Parecia ter corrido de um lado ao outro do castelo — Onde já se viu, né? Eu marco as coisas e chego nesse estado... — colocou as mãos na cabeça.

— Para com isso, dramático! — o mais velho revirou os olhos, sorrindo — Achei que nem viria, na verdade. Então, tá ótimo.

— E por que eu não viria, hein? — curvou as sobrancelhas — Achei que já tínhamos superado aquilo. — piscou o olho.

— Se tu diz... Que bom! Porque precisamos continuar. Os testes são nas próximas semanas, se não me engane. — o grifinório explicou.

— Sim, acho que sim. — Hyuck concordou — O que você pensou pra hoje, senhor Mark Lee?

— Na verdade, eu não tenho a menor ideia. — bufou — Queria que você lidasse com o Bicuço, mas não sei como traficá-lo pra dentro de Hogwarts...

Eles riram, e permaneceram em silêncio por algum tempo. Nem sempre sabiam o que dizer, mas ainda conseguiam se comunicar.

— Tudo bem. — Donghyuck disse — Acho que hoje já foi um dia cheio o bastante. — encostou a cabeça no ombro do outro.

— E você vai... Relaxar com o seu arqui-inimigo? — o mais velho riu.

— Não. — ele o encarou — Não, Mark. Hoje, eu vou descansar com meu melhor amigo. — pegou sua mão — Às vezes, eu não suporto lidar com as coisas, ainda mais do que não suporto você. — sorriu — Hoje, você é o cara que consolou o Hyuckie no segundo ano, quando ninguém mais pôde.

O garoto se aninhou no vão do corpo do mais velho, se sentia mesmo criança de novo. E uma criança muito feliz.

O peito do Lee grifinório era seu lugar favorito no mundo, e ainda acreditava ser uma pena que não fosse mais. Se ele o questionasse acerca do que sentia, talvez nem soubesse o que responder: "Sei lá, Mark. Seus músculos tão mais fortes, né? Andou treinando pro quadribol? Olha, não sei..."

— É? Então, hoje, você é o cara que cuidou e protegeu o Mark durante tantos anos. Que se escondeu com ele e foi um ótimo mentor de poções! — foi o que ele disse.

— Tudo bem. Por hoje, posso pensar assim. — Donghyuck concluiu — Amanhã eu vejo o que faço.

— Cuidado, Hyuck! Se ficar se esforçando tanto pra me odiar, uma hora pode acabar virando verdade. — ele riu, e o outro deu um soco leve em seu braço.

— Como se eu precisasse me esforçar! — ele sorriu, e o encarou.

— Mark? — chamou.

— Hm?

— Quer saber de uma coisa? — ele concordou — Sua caixa torácica ainda é muito mais confortável que minha cama no dormitório da sonserina. — Donghyuck sorriu fino — Eu viveria anos dentro do seu coração.

Mesmo que, na cabeça do garoto, não houvesse crédito para isso, aquilo foi impactante para o Lee mais velho. Tanto que seus batimentos cardíacos pularam uma oitava, e ele podia apostar mais tarde com Jisung que Donghyuck conseguiu sentir.

Sua decisão, naquele momento, foi de sorrir largo na direção do sonserino e dizer:

— Viva, Hyuck. Eu quero que viva no meu coração pra sempre. — seu tom era dramático, mas verdadeiro.

Para Mark, que sempre fora muito confuso quanto a sentimentos, talvez tivesse o dito com intenções diferentes daquelas que Donghyuck teve anteriormente.

Independente disso, ao invés do que podiam esperar, não brigaram depois disso. Pelo contrário, cuidaram um do outro, em silêncio.

Não seria necessário dizer algo álem naquele dia. Depois, talvez fosse difícil para que lidassem bem com seus problemas antigos, mas agora, haviam coisas piores. Cada um tinha seu próprio bicho-papão para superar.

E mesmo que não contassem suas preocupações e frustrações mutuamente, se importavam de tal forma.

Donghyuck havia cuidado de Mark por longos anos. Fugiu de garotas junto dele, o ajudou em inúmeras matérias e inúmeras emoções. E ele, não muito diferente disso, consolou Hyuck muitas vezes, visto que o garoto sempre tivera problemas sociais e familiares. Era muito sensível, e tinha medo de confiar.

Por sorte, o outro Lee apareceu em sua vida, e nunca precisou exigir consideração ou respeito por ser quem era. Não, não. Pelo contrário, Mark sempre o lembrava do quanto admirava isso nele: "Você é lindo por ter tanta coragem, Hyuck. Eu não aguentaria tudo isso, mas obrigado por aguentar. Eu sou mesmo muito mais fraco que você, e não sobreviveria sem meu melhor amigo", eram as palavras que ainda permeavam as lembranças boas do sonserino.

  Na calmaria, Donghyuck cantarolou baixinho a letra de "Velha Infância", dos Tribalistas.

  "A gente canta, e a gente dança, e a gente não se cansa", ele sorria. "De ser criança, da gente brincar da nossa velha infância".

Seus corações estavam felizes, e eles também. Conheciam-se por completo, e exatamente como é insinuado na música, isso ainda era uma âncora quando haviam muitas tempestades em seus barquinhos furrecos e ladeados.

Aguentar poderia ser difícil, mas fariam ser fácil. Eles sempre se encaixariam bem, quando fosse realmente necessário.

E uma coisa era fato: nem todo o ódio do mundo poderia separar Mark e Donghyuck eternamente.

(...)
🧪🧙‍♂️💗 recadinho importante da autora:
oii! os ultimos caps nao tao revisados, ent perdao qlqr erro! eu reviso assim q puder.
tô att direitinho agr, mas não prometo que siga assim :( eu tô bem xoxinha, bem acabadinha mesmo, e n tô conseguindo pensar mt em coisas novas. tô me esforçando igual e, como já tenho planejamento, n vou abandonar essa fic! ela é meu xodó <3 mas agora acabaram minhas att prontas e vou demorar um pouquinho pra trazer mais (ou talvez nem tanto, depende da vontade de deus!)
mas queria agradecer mt a quem tá lendo a fic e acompanhando as att, me deixa mt feliz! obg pelos votos, gatitos :) markhyuck e eu amamos vcs, mwa

amortentia !markhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora