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Depois que a poção passou por algumas fases de preparo e mudou de cor três vezes, Donghyuck pegou o frasco com líquido azul e levou até Jeno.

— Está pronto. Faça-o beber tudo e o efeito da amortentia irá passar. É imediato, praticamente. — ele dizia de forma sutil.

Jeno assentiu e entregou o antídoto ao Mark.

— O que é isso? — o mais velho, que até então só abria a boca para falar de Shuhua, perguntava. Ele olhava a poção de forma distante, pois não conseguia focar em muita coisa.

Jeno ia falar algo, mas estava incerto. Talvez ele não quisesse beber, se soubesse o que era. Por sorte, Hyuck fora mais ligeiro.

— Isso é água saborizada, Mark. Sei que azul não é sua cor preferida, mas não achei a verde. — ele não sabia se ia funcionar, mas foi o máximo que conseguiu pensar — Eu gosto dessa, é a minha cor favorita. Por que não experimenta? — assistia Mark o olhar e assentir.

O lufano observava aquela cena com um sorriso de canto. Sabia que o sonserino só estava fazendo aquilo pelas condições deprimentes do amigo, mas ainda o trazia boas lembranças.

À medida em que Mark ia tomando o líquido, seus olhos pareciam voltar ao normal e sua consciência parecia ser retomada.

No entanto, seu olhar vago foi substituído por desespero, em tempo recorde.

— Meu Deus! Jeno, o que o Donghyuck tá fazendo aqui? — ele gritava, fazendo o garoto revirar os olhos. Ótimo, já havia voltado ao normal, ele pensava. — Por que eu não estou na minha comunal?

— Você foi enfeitiçado com uma poção do amor e está delirando há duas horas do meu lado. Eu fiz um antídoto pra você, e é assim que me agradece? Que grosso! — Hyuck dizia em tom dramático.

Podia não parecer, mas isso surtiu efeito no outro. Se sentia aflito e confuso, mas não tinha de ser estúpido com alguém que o ajudou. Mesmo que, muito estranhamente, essa pessoa fosse o insuportável Donghyuck.

— Ah. Desculpa, então. – Mark falava, tão baixo que era quase um sussurro.

— Olha, tudo bem. — suspirava — Mas acho que vocês — apontava aos dois amigos — têm muito o que conversar. Acredito que o Jeno possa te explicar tudo. — ele guardava seus materiais — Preciso ir para o meu dormitório, Nana e Chenle devem estar preocupados.

— Tá bom. Obrigado, de novo. — Jeno se despedia — Até mais, Hyuck. — concluía, deixando Mark ainda mais confuso pelo apelido.

— Até, Neno. Não esquece sobre aquilo que te pedi, por favor! — e saiu na direção oposta, deixando o grifinório completamente perdido.

amortentia !markhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora