07.

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  Ao chegar em sua comunal, logo depois do jantar, Donghyuck se lamentou aos dois amigos, mesmo que também já tivesse o feito para Renjun.

— Não sei mais se quero aulas com ele.

— Foi você quem começou isso, e agora quer dar pra trás? — Jaemin o desafiou.

— Não é assim! — bufou — Ele só me magoou.

— Sinto que já tivemos essa conversa antes... — Zhong comentou ironicamente.

— Né? — o de cabelos rosa continuou — E já dissemos que você também o magoou. Justo.

— Vocês deveriam me apoiar! São amigos meus, ou dele? — o Lee fingia frustração, mesmo que soubesse estar errado.

— Somos seus — Chenle enfatizou — amigos. E, por isso, precisamos te xingar quando é necessário. Imagina se a gente só aceitasse todas as bostas que você faz? — ele riu, acompanhado dos outros dois.

— E o mesmo vale pra nós! — Jaemin completou — Precisamos que você nos puxe as orelhas às vezes. Isso é amizade.

— Eu sei, eu sei... — Donghyuck sorriu — Obrigado por serem meus melhores amigos. E Renjun também, ele me aconselhou com aquele cérebro gigante dele. — soltou um riso baixo — Amo vocês.

— Ei! Nosso cérebro também é grande. — o Zhong fingiu ofensa — Só tu que não pensa. — e, depois de mais algumas ofensas, eles sorriram de novo.

Claro, Chenle e Jaemin dormiram esperando que tivessem convencido o Lee à raciocinar um pouco.

🧪🧙‍♂️💗

Depois dos acontecimentos esquisitos no jogo de quadribol e das mentiras esfarrapadas de Mark, eles seguiram para as aulas normalmente.

Jisung era mais novo que os Lee, e por isso, suas classes eram diferentes. Naquele momento, ele se encontrava sentado em uma espécie de "roda", na aula de transfiguração.

A proposta era que, dessa forma, conseguissem visualizar mais as tentativas uns dos outros.

— Então, eu aponto a varinha de forma firme — Minerva demonstrava — e falo "reducio", direcionado ao objeto que quero diminuir. — e transformou sua maçã em uma versão muito menor dela.

Muitos ficaram maravilhados, enquanto alguns já conheciam o feitiço. NingNing, que queria provar o quão boa era, testava-o baixinho.

Ela obteve êxito na execução, mas Minerva a repreendeu e continuou:

— Tomem cuidado com suas varinhas! — percorria o olhar pela sala — Tenham certeza do que estão tentando fazer, ou não funcionará da melhor forma. — advertiu — Vamos começar! Podem tentar.

Alguns estudantes acertaram de primeira, e outros tiveram suas tentativas. Jisung treinava pela terceira vez, quando Chenle foi até ele.

— Sung, você precisa ter mais confiança. — pegou o braço do garoto e o esticou — Segura a varinha com firmeza, e quando disser o feitiço, tenta imaginar ele acontecendo. — acenou com a cabeça, indicando que ele deveria tentar.

— Ah, ok... — o lufano respirou fundo — Reducio! — tentou apontar a varinha em sua garrafa enquanto pensava em concretizar a magia. Olhou pra Chenle, esperando ver sua reação antes de colocar os próprios olhos.

— É... Assim, foi bom! Você conseguiu canalizar bem, mas — o sonserino foi interrompido por um grito fino e agudo, vindo do outro lado do círculo.

— O que é isso?! — a classe tentava procurar de onde vinha aquele som — Aqui, porra! — e por mais que sua atual voz não fizesse jus aos xingamentos, Heeseung gritou:

— Ali! — apontou para a mesa em sua diagonal, deixando os demais confusos. Não havia nada demais ali. — É a NingNing! Ela foi reduzida! — e, ao perceber, a sala começou a rir.

Chenle olhou para o lufano e disse:

— Sung, não se desespera, ok? — e ele o encarou, confuso — É que — fora interrompido pelo tom autoritário.

— Ok, chega! — Minerva interviu — Sentem-se, todos!

Ela foi em direção à garota, que poderia ser comparada com o tamanho de um hidratante labial.

— Senhorita Ning, conseguiu ver quem fez isso com você? — questionou, pegando-a na palma da mão.

— Foi o Jisung, professora! — apesar de fina, sua voz era confiante, e isso fez com quea classe começasse a cochicar — Talvez não tenha sido por querer, mas foi ele! Alguém vai reverter isso, não vai? — olhou Mcgonagall, em desespero.

— Claro. — pegou sua varinha com a mão livre — Engorgio! — e a garota foi voltando ao seu tamanho normal.

— Certo. Usem isso para aprender a ter cuidado, e aproveitem para anotar que o "engorgio" é um feitiço de crescimento, que, como qualquer outro, se for usado por um bom bruxo, — percorreu os olhos pela sala — pode reverter situações como essa. — fez uma pausa — Agora, estão dispensados. A aula acabou.

No meio disso, Jisung só conseguia olhar pra Chenle, desesperado. Tudo o que o sonserino pôde fazer foi abraçá-lo e dizer que sabia que não fez por querer.

— Relaxa, Sung. Todo mundo sabe que você nunca faria isso. — arqueou as sobrancelhas — Principalmente, eu! Te conheço melhor aue ninguém. — ofereceu um sorriso reconfortante ao amigo.

— Tudo bem. Obrigado, Lele. — sorriu tímido de volta, enquanto saíam pela porta.

— Menos você, senhor Park! — a professora o impediu — Venha até aqui. — apontou à cadeira ao lado da sua e assistiu o garoto se sentar ali, encolhido.

— Professora Mcgonagall, eu juro que não foi por gosto! — se explicou.

— Se acalme, Jisung. Eu sei disso. — ele soltou um suspiro de alívio — Mas ainda aconteceu. — e prendeu a respiração de novo.

Ela afagou suas costas, numa tentativa de o tranquilizar um pouco.

— Vou lhe deixar de detenção por um único dia, — ele arregalou os olhos, nunca tinha ido à uma detenção — e não vou retirar nenhum ponto da lufa-lufa. Por mim, senhor Park, eu não faria nada disso. Mas são regras que devo cumprir dentro de Hogwarts, e já estou passando por cima de algumas.

Ele apenas assentiu, agradecendo. Não sabia o que esperar disso, mas sempre fora muito compreensivo. Se, ao menos, Minerva e Chenle acreditavam nele, isso já bastava.

— Enfim, está liberado. No fim das aulas, será divulgada a lista de alunos em detenção mediante ao correio. Você ainda tem sua coruja, certo? — ele assentiu — Ok. Ela chegará em seu dormitório, com as informações da detenção referente a todos os anos. — ele a observava com atenção — Constará tudo o que precisará saber. — deu um meio sorriso, enquanto ele assentia e se afastava.

amortentia !markhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora