Já haviam se passado alguns dias desde a chegada de Harry a Hogwarts, e ele começava a se sentir mais à vontade na escola. A Sonserina, inicialmente vista como um território desconhecido, agora parecia ser um lugar onde ele realmente pertencia. A presença de Draco Malfoy havia sido crucial para isso. O loiro, com sua personalidade forte e confiança inabalável, tornara-se mais do que um amigo para Harry; ele estava se tornando um irmão.
Os dois passavam muito tempo juntos, explorando os corredores da escola, trocando ideias sobre as aulas, e até planejando estratégias para o futuro. A conexão entre eles se fortalecia a cada dia, e Harry sentia que, com Draco ao seu lado, ele estava pronto para enfrentar qualquer desafio que Hogwarts pudesse oferecer.
Draco, por sua vez, também parecia estar satisfeito com a amizade. Ele via em Harry alguém com quem podia contar, alguém que compreendia as pressões de ser parte de uma família influente no mundo mágico. Juntos, eles começavam a formar uma dupla formidável, que logo se tornaria notória em toda a escola.
Mas como dizem, nem tudo são flores. Enquanto Harry se enturmava na escola e fazia novos amigos, ele estava constantemente sob a vigilância atenta de um certo diretor. Dumbledore observava os acontecimentos com crescente preocupação. A seleção de Harry para a Sonserina era algo que ele nunca havia previsto, e isso o incomodava profundamente.
O garoto estava se revelando tudo o que Dumbledore não esperava: pelos relatos dos professores, Harry demonstrava uma inteligência aguçada, uma habilidade natural para a magia, e uma surpreendente sociabilidade, especialmente entre os Sonserinos. Essa combinação de características, somada à casa em que fora escolhido, era preocupante para Dumbledore, que sempre esperou que o “Menino que Sobreviveu” seguisse um caminho mais alinhado com suas próprias expectativas.
Enquanto Harry se adaptava e fortalecia seus laços na Sonserina, Dumbledore não podia deixar de sentir um desconforto crescente. Ele sabia que precisaria ficar de olho no garoto, pois os recentes desenvolvimentos não eram apenas inesperados, mas também potencialmente perigosos para os planos que o diretor tinha em mente.
Dumbledore sabia que precisava agir. Na sua opinião, a situação já havia escapado de seu controle por tempo suficiente. Embora não pudesse forçar uma mudança de casa para Harry — algo que só poderia acontecer se o próprio garoto desejasse, o que parecia improvável no momento — o diretor estava determinado a interferir de alguma maneira.
Harry parecia estar se adaptando bem demais à Sonserina, desenvolvendo laços fortes com seus colegas e abraçando a identidade da casa com um conforto que Dumbledore não previra. O diretor não via outra escolha senão começar a criar oportunidades para influenciar Harry, tentar desviá-lo da influência de Sonserina e dos valores que essa casa tradicionalmente representava.
Dumbledore precisava ser sutil, é claro. Qualquer tentativa direta de manipulação poderia despertar suspeitas, tanto em Harry quanto nos outros membros da Sonserina. Ele precisaria encontrar maneiras de guiar o garoto sem que ele percebesse, plantando as sementes de dúvida ou, talvez, criando circunstâncias que o forçasse a reconsiderar suas escolhas.
Mas o tempo estava correndo, e Dumbledore sabia que a cada dia que passava, Harry se enraizava mais profundamente na Sonserina. Se não agisse logo, poderia perder a oportunidade de trazer o garoto para um caminho que considerava mais seguro e alinhado com o destino que sempre havia imaginado para o "Menino que Sobreviveu.”
Dumbledore estava frustrado. Seu plano inicial, que envolvia Hermione Granger e Rony Weasley, tinha como objetivo aproximar o "Menino que Sobreviveu" de jovens influenciados pelos valores da Luz, garantindo que Harry seguisse o caminho que ele havia idealizado. Contudo, em vez de amizade, parecia que uma inimizade crescente se formava entre Harry e Hermione, com Rony não muito distante dessa dinâmica.
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A Fresh Start
أدب الهواة"Harry não imaginava que sua vida mudaria tanto após receber aquela carta."