𝐂𝐚𝐩í𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟑𝟎

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Era domingo e o castelo tinha uma tranquilidade incomum, quase palpável. Harry estava se dirigindo ao escritório do professor Severus Snape,pois o mesmo havia lhe chamado. Embora Draco tivesse se oferecido para acompanhá-lo, Harry gentilmente recusou, explicando que a presença do amigo não era necessária e que Snape provavelmente não permitiria que ele participasse da conversa. A rejeição deixou Draco irritado, com o rosto fechado enquanto permanecia na sala comum, frustrado por não poder ajudar o amigo.

Ao chegar à porta do escritório de Snape, Harry respirou fundo e bateu algumas vezes, cada toque ressoando em sua mente. O som do chamado de Snape ecoou, quase como um feitiço de convocação.

Severus: Entre…

Harry: Professor, o senhor me chamou?

Severus: Sim, senhor Potter. Entre e sente-se.

Harry se acomodou na cadeira, seus olhos fixos no professor, a ansiedade crescendo em seu peito.

Harry: Então, qual é a razão do meu chamado?

Severus: O diretor me procurou para discutir uma questão a respeito de suas férias de Natal.

Harry: Não quero parecer rude, mas isso não diz respeito nem ao senhor, nem ao diretor.

Severus: Ora, perguntamos isso para o seu próprio bem, garoto.

Harry: Com todo respeito, professor, não parece que esteja realmente preocupado com meu bem-estar, especialmente considerando a forma hostil que o senhor me tratou durante todo o semestre. Hostil é um termo gentil.

Severus ficou surpreso, a resposta direta de Harry o pegou de surpresa. Por um instante, refletiu sobre suas próprias ações e a maneira como havia tratado o jovem bruxo. O silêncio na sala se tornou palpável, repleto de uma tensão inesperada.

Severus: Não importa, somos os mais velhos aqui e, como seu chefe de casa, exijo uma resposta.

Harry: Não me faça rir, professor. Você não tem esse poder sobre mim. Quando se trata de minhas notas, comportamento ou matérias, aceito a chamada de atenção. Mas quando se refere à minha vida pessoal, isso não diz respeito ao senhor.

Severus: Mal criado, assim como seu pai.

Harry: Não ouse ofender meu pai na minha presença! Quem você pensa que é para fazer isso?

Severus: Não ouse levantar a voz para mim, moleque. Não se esqueça de quem eu sou.

Harry soltou uma risada amarga, seu olhar se tornando gélido enquanto fixava os olhos no professor.

Harry: E quem é você, além de um adulto amargo e miserável que parece carregar o peso de ressentimentos por alguém que já se foi? Patético. Acredito que, pelo fato de eu ser filho de James, você direciona todo esse ódio para mim.

Snape permaneceu em silêncio, os olhos fixos em Harry, surpreso com a audácia do garoto. O ambiente ficou carregado de tensão, um confronto que parecia se estender além do momento, repleto de velhas feridas e verdades não ditas. Harry, firme em sua postura, sentia a intensidade da situação, enquanto Severus lutava para encontrar palavras que pudessem fazer sentido na confusão emocional que sentia.

Harry: Então, professor?. O gato comeu sua língua?

Ao ouvir isso, Snape vira-se lentamente, com a expressão endurecida.

Severus:  Seu moleque insolente, não me interessa onde você vai se meter. A única coisa que lamento é ter concordado em ajudar o diretor. Se ele quiser respostas, que venha falar com você pessoalmente. Não sou obrigado a suportar sua presença.

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