𝐂𝐚𝐩í𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟑𝟑

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Harry se inclinou para frente, o rosto tenso, a raiva transparecendo em seus olhos.

Harry: É sobre ele mesmo. Eu quero que você dê um fim no professor.

A voz de Harry estava carregada de determinação, como se tivesse refletido sobre aquilo por muito tempo.

Tom, por sua vez, permaneceu calmo, os dedos tamborilando levemente sobre o braço da cadeira. Ele inclinou a cabeça para o lado, os olhos vermelhos brilhando na penumbra do escritório, antes de responder de forma simples e firme.

Tom: Não posso.

Harry estreitou os olhos, descrente da resposta que acabara de ouvir.

Harry: Se você não fizer, eu faço.

A ameaça estava clara em sua voz. Ele não estava blefando.

Tom soltou uma risada baixa, mas havia algo sombrio naquela reação, algo que não sugeria divertimento. Ele se levantou devagar e se aproximou de Harry, olhando-o diretamente nos olhos.

Tom: Não posso deixar que isso aconteça, Harry.

Sua voz era fria, mas carregava uma autoridade implacável. 

Tom: Eu não vou fazer isso, e nem você.

Harry se levantou abruptamente, seus punhos fechados de raiva.

Harry: Ele é mais importante que a nossa parceria?

A pergunta saiu como um desafio, os olhos verdes de Harry queimando de frustração.

Tom parou a poucos centímetros dele, sua presença dominadora, mas sem levantar a voz.

Tom: Claro que não.

Ele disse com firmeza. 

Tom: Mas Severus é uma peça importante, e peças importantes não são sacrificadas sem razão.

Harry franziu o cenho, confuso, mas ainda irritado.

Harry: Como assim, peça importante?

A descrença em sua voz era clara.Snape, o homem que o atormentava desde o primeiro dia em Hogwarts, ser considerado “importante” por Tom era algo que ele não conseguia aceitar.

Tom suspirou levemente, como se estivesse ponderando se deveria ou não revelar mais.

Tom: Eu não deveria te contar isso.

Ele começou, seus olhos fixos em Harry, pesando cada palavra.

Tom: Mas Severus é um espião. Ele tem me relatado algumas das movimentações dentro de Hogwarts. Mesmo que eu tenha minhas dúvidas sobre sua lealdade completa, ele ainda tem utilidade.

Harry encarou Tom, surpreso.

Harry: Um espião?

Harry repetiu, ainda processando a informação.

Tom assentiu lentamente, cruzando os braços.

Tom: Sim. Ele transmite informações valiosas sobre Dumbledore e o que se passa na escola. Mesmo que sua lealdade esteja dividida, eliminá-lo agora seria um erro. Não por enquanto.

O silêncio entre os dois era palpável. Harry respirou fundo, processando o que havia acabado de ouvir. Ele nunca poderia imaginar que Snape, o homem que o desprezava, estava trabalhando secretamente para o lado de Tom.

Harry se encostou na cadeira, processando a revelação que Tom acabara de fazer. Ele olhou diretamente para o Lorde das Trevas, com uma mistura de curiosidade e confusão.

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