𝐂𝐚𝐩í𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟐𝟖

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Harry voltou para o dormitório no momento perfeito, o silêncio da noite ainda reinando sobre a Sonserina. Mal teve tempo de deitar na cama quando a porta se abriu com um estrondo suave, revelando um Draco Malfoy radiante, seguido por um Theo com uma expressão menos animada.

Draco: Harry!

Draco exclamou, claramente de bom humor. 

Draco: Você deveria ter vindo! Foi incrível!

Ele começou a detalhar as festividades, as risadas e as conversas, sem perceber de imediato o leve cansaço que pairava sobre o amigo.

Harry, com um sorriso discreto, conseguiu se esquivar das perguntas insistentes. 

Harry: Ah, eu precisava de um tempo. 

Falou calmamente. 

Harry: Acabei dormindo um pouco e, quando acordei, fiquei lendo até tarde.

Draco pareceu aceitar a resposta sem questionar muito, talvez porque o pensamento de Harry lendo à noite não fosse estranho para ele. Theo, porém, olhou para Harry com uma leve desconfiança, como se soubesse que algo não se encaixava na história, mas preferiu não pressionar.

Com a situação sob controle, Harry relaxou um pouco mais, se ajeitando na cama, enquanto Draco continuava a falar entusiasmado sobre a noite. Mesmo com a agitação ao seu redor, Harry manteve sua expressão tranquila. Ninguém poderia suspeitar do que ele realmente havia feito naquela noite – pelo menos, não ainda.

[...]

O final de semana chegou, e a ansiedade de Harry era quase tangível. Tudo estava em jogo, e ele sabia que nada podia sair dos trilhos. Quirrell precisava desaparecer, e Harry não se preocupava com as suspeitas que isso poderia levantar. O professor era uma peça descartável, e o foco de Harry estava no futuro.

Voldemort, afastado de Hogwarts, teria seus próprios meios de se proteger. Nas sombras, ele permaneceria longe dos olhos de Dumbledore e de qualquer um que ousasse procurar por ele. Harry, com a frieza característica de quem havia planejado cada detalhe, sabia que esse era apenas o começo.

Harry adentrou os aposentos do professor com passos firmes, o ambiente estava mergulhado em uma tensão palpável. Quirrell estava de costas, apressadamente arrumando suas coisas. O som abafado das roupas sendo jogadas dentro da mala era o único ruído no aposento.

Harry: Você devia ser mais cuidadoso 

Harry disse, a voz fria cortando o silêncio. Seus olhos analisavam cada movimento. 

Harry: Imagina se alguém te encontra fazendo as malas... levantaria suspeitas.

Quirrell se virou bruscamente, a testa suada. 

Quirrell: Você é o único que frequenta meus aposentos a essa hora da noite.

Harry manteve o olhar impassível. 

Harry: Isso não importa. 

Sua voz era firme, deixando claro que, para ele, o professor era irrelevante.

Harry, com a expressão afiada e o olhar cortante, deu um passo à frente.

Harry: Agora vamos ao que interessa.

Disse ele, em tom impaciente. 

Harry: Me deixe falar com o seu mestre.

Quirrell, visivelmente desconfortável, começou a desfazer o turbante com as mãos trêmulas. Logo, a face pálida e retorcida de Voldemort emergiu, como uma sombra do passado.

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