𝐂𝐚𝐩í𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟐𝟐

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Após horas de preocupação, Harry mal conseguiu relaxar enquanto esperava o retorno de Draco. O relógio marcava quase meia-noite quando a porta do dormitório finalmente se abriu e Draco entrou. A expressão no rosto de Draco mostrava um misto de cansaço e tensão, mas ele parecia bem, pelo menos fisicamente.

Harry: Draco! Finalmente... o que aconteceu?

Harry, aliviado, levantou-se rapidamente de sua cama e caminhou em direção ao amigo. Sem hesitar, segurou os ombros de Draco, como se quisesse garantir que ele estava realmente ali e em segurança. Draco deu um leve sorriso cansado antes de começar a contar os detalhes da conversa com Snape.

Draco: Foi complicado, Harry. Snape está desconfiado da nossa amizade. Ele tentou me pressionar, jogou com a lealdade da minha família, insinuando que meu pai não aprovaria. Mas... eu deixei bem claro para ele que estamos juntos nessa. E que se ele tentar fazer algo contra você, não terá apenas a minha ira, mas a de toda a minha família.

Harry ouviu cada palavra com atenção, os olhos fixos nos de Draco. A menção de Snape tentando usar Lúcio contra Draco fez o sangue de Harry ferver por um instante, mas a firmeza com que Draco falou e sua lealdade implacável o acalmaram. Quando Draco terminou de falar, Harry sentiu uma onda de gratidão e alívio. Sem pensar duas vezes, ele puxou Draco para um abraço apertado.

Harry: Obrigado... Eu sabia que podia confiar em você.

O abraço foi forte e sincero, e Draco, que não era muito afeito a demonstrações de afeto, hesitou por um breve momento antes de abraçar Harry de volta. Havia uma conexão ali que ia além da simples amizade, algo que crescia em força conforme enfrentavam desafios juntos.

Draco: Não precisa agradecer, Harry. Somos irmãos, lembra? Você faria o mesmo por mim.

Harry: Sim, faria.

O abraço durou mais do que qualquer um dos dois esperava, mas nenhum deles se importava. Para Harry, era um momento de segurança, um lembrete de que, mesmo em meio à desconfiança e intrigas de Hogwarts, ele tinha um aliado incondicional ao seu lado. Draco, por sua vez, sentiu-se aliviado por ter finalmente sido honesto com Harry e fortalecido pela confiança inabalável que o amigo depositava nele.

Quando eles finalmente se separaram, Harry olhou seriamente para Draco.

Harry: Eu não vou deixar Snape ou ninguém te machucar. Não importa o que aconteça, estamos juntos nisso.

Draco assentiu, seus olhos brilhando com a mesma determinação. Sabia que, por mais complicada que fosse a situação, sua amizade com Harry era genuína e forte o suficiente para superar as provações que estavam por vir. E naquele momento, ambos sentiram que, enquanto se tivessem, poderiam enfrentar qualquer coisa.

Naquela noite, algo mudou entre Harry e Draco. O vínculo que estavam criando até então se aprofundou de uma maneira que nenhum dos dois esperava. Exaustos pelas tensões do dia e pelo peso das expectativas e pressões que enfrentavam, ambos se permitiram um momento raro de vulnerabilidade.

Após a conversa intensa, Draco, ainda com a cabeça cheia de pensamentos e emoções conflitantes, hesitou antes de finalmente se deitar na cama de Harry. Foi uma ação impulsiva, quase instintiva, mas também um sinal claro da confiança crescente entre os dois. Harry, sem dizer uma palavra, acolheu Draco ao seu lado, sentindo o cansaço e a tensão em seus ombros diminuírem à medida que o amigo se aninhava em seu peito.

Draco deitou a cabeça suavemente no peito de Harry, ouvindo as batidas calmas e rítmicas de seu coração. O som era reconfortante, um lembrete silencioso de que ele não estava sozinho. Enquanto isso, Harry, sentindo o peso de Draco sobre si, começou a acariciar seus cabelos loiros, em um gesto suave e tranquilizador. O movimento era lento e ritmado, e a cada passada de mão, Draco sentia a tensão nos músculos de seu corpo se dissolver, e a ansiedade que havia carregado durante o dia começava a desaparecer.

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