A Descoberta

459 26 2
                                    

Termino o banho e descemos para a cantina, nos sentamos em uma mesa onde já tinham três meninos sentados, todas as mesas tinham seis cadeiras então nos encaixamos por lá sem problemas. Jonathan como sempre muito simpático com todo mundo começou a puxar assunto com os meninos que pareciam ter a mesma idade que ele.

-Prazer, meu nome é Jonathan e o dela é Hanna - um dos meninos me lançou um discreto sorriso

-Prazer, meu nome é Mike, ele é Dylan e ele Max - Johnny deu um sorriso simpático e continuou conversando

-Vocês já estavam aqui antes disso?

-Não - respondeu Dylan que foi o que me deu o sorriso, ele tinha cabelo castanho escuro e olhos azuis claros que mais pareciam um céu em um dia ensolarado de verão - pelo que o Chris nos falou quando as pessoas se transformaram "nisso" os pacientes foram os primeiros a se contaminar afinal estavam mais vulneráveis, ai ele e mais alguns médicos mataram todos e tiraram os corpos, mas eles queriam ajudar as pessoas então passavam nas rádios algumas mensagens falando para as pessoas virem para cá e Chris falou que seriamos os últimos, mas olha vocês aqui, vocês devem ser muito importantes para terem conseguido fazer o Chris deixarem vocês ficarem.

O encarei por um tempo tentando entender seu último comentário, continuamos a comer em silêncio então finalmente ouvi a voz do Max, Max era um garoto de cabelos cor de fogo e olhos azul cor do mar, era também um pouquinho gorducho e tinha várias sardas no rosto

-Você tem uma namorada muito bonita - nesse instante eu e Jonathan nos entreolhamos e rimos histericamente

-Ele é meu irmão - respondi após muito rir, ele ficou envergonhado e pediu desculpas, acho que na verdade ele não me achava realmente bonita só queria se enturmar ao que parece é o mais quieto dos três. Terminamos de almoçar e os meninos se ofereceram para nos mostrar um lugar "fora das regras", como não tínhamos nada para fazer aceitamos. Passamos pela cantina e fomos para a parte de trás do hospital, eles disseram que foi lá onde o Chris jogou os corpos, durante todo o percurso até o cemitério vi muito sangue no chão e nas paredes, aquilo me deu um nó no estômago, Jonathan, Mike e Max foram na frente eu foi ficando cada vez mais para trás, fiquei cismada com as marcas de sangue na parede, pois se estavam mortos só foram arrastados, sem perceber parei diante de uma enorme parede branca com borrifos vermelhos, se fosse antigamente isso poderia ser considerado uma obra de arte mas nos tempos de hoje isso não quer dizer um bom sinal, Dylan se aproximou de mim e ficou ao meu lado olhando a parede

- O que você tanto olha ? Ou você está com medo de ver os corpos e por isso está ai parada.

-Vamos logo ver isso - ele sorriu e sorri de volta, fomos caminhando pelo chão ensanguentado.

As paredes eram brancas e estreitas e tudo cheirava a sangue e mofo, chegando lá vejo os corpos que estão com moscas em volta, cheios de sangue já seco, atirados no chão como um monte de lixo amontoado,olhar para aquilo me doía, me doía muito, as lágrimas rolam sobre meu rosto.

-Vamos logo ainda não chegamos - gritou mais a frente Mike, passando por todos aqueles corpos, Mike parecia o mais velho dor três tinha cabelo castanho claro e olhos cor de mel

Continuei olhando os corpos e vagarosamente fui atravessando, evitando as áreas com mais co concentração de corpos. Atravessado o mutirão de corpos chegamos a uma pequena porta que dava acesso ao outro lado do hospital, entramos pela pequena porta e nos deparamos com uma pequena sala que tinha mais alguns corpos no chão, parecia que não ia acabar nunca. A esquerda tinha um elevador que estava quebrado e ao lado uma escadaria, Mike continuou a nos conduzir pela escada como se fosse a rua da sua casa, entramos em portas saímos em outras sem sair da rota principal que era a escada, subimos vários andares até ficarmos cansados, chegando ao final havia uma porta azul, quando à atravessamos chegamos ao terraço, realmente era uma bela vista de uma cidade enfestada de monstros, eu podia ver quase a cidade inteira, tinha alguns focos de incêndio e fumaça saia de muitas casas.

- Melhor voltarmos antes que alguém de por nossa falta - disse Max e todos concordamos.

Na volta a cada andar que passávamos Dylan e Mike diziam que já tinham ido lá e que era tudo limpo sem corpos, sangue, nada, falaram que não que na tinha nada de interessante pois, era a parte de pesquisa, chegamos no quarto andar e nem um dos dois falou uma palavra.

- O que foi?- perguntei curiosa

- Esse é o único andar que ainda não fomos por que está sempre trancado, mas dessa vez está aberto - disse Dylan num sorriso falso que eu sabia o que queria dizer.

Olho para Jontahan e nos entendemos pelo olhar, " se você for eu vou ". Ele olha de novo para a porta e faz que sim com a cabeça, eles vão na frente e fico por último, mais a frente tinha uma porta branca vi que a luz estava acesa meu coração disparou mas contínuo andando até a porta, todos estavam dentro e então vi Chris ele estava com um avental branco e de luvas

- Olá meninos, Hanna, vocês não deviam estar aqui não é? - fiquei branca que nem cera e fui me aproximando.

- Desculpe senhor, nós estávamos...- eu não tinha palavras então me calei

- Não precisa se desculpar menina, está tudo bem, se aproximem vou contar o que descobri

O Dia Depois De AmanhãOnde histórias criam vida. Descubra agora