Part. 26. 🌸

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Chegamos em casa pouco tempo depois.
Sam não quis falar nada, e eu respeitei.

Eu estou confuso, Sam geralmente não é agressiva e  sabe se contratar, e o Meneses também sempre foi com um tio pra mim, ele era amigo do meu pai e eu confiava nele.

Não entendo por que a Sam bateu nele.

Resolvi dá um tempo para ela pensar e se acalmar.
Tomei um banho e fiz um chá de camomila pra ela.

- Sam. - Bati na porta. - Trouxe um chá pra você.

- Entra. - Ela diz.

Abro a porta e vejo ela sentada na cama agora de pijama.

- Como você está? Está melhor?

Me aproximei sentando do seu lado.

- Sim. Obrigada.

Sorri um pouco depois que ela pegou a xícara da minha mão.

- Quer me contar o que aconteceu?

Esperei uma resposta mais ela continuou calada.

- Eu entendo que não quer dizer mas eu preciso saber o que aconteceu pra poder resolver.

- Promete que não vai me odiar? Ou colocar a culpa em mim? - Ela me olha com os lábios trêmulos.

Fiquei um pouco chateado por ela me fazer essa pergunta, até quando não tínhamos um relacionamento eu sempre deixei claro que ela podia confiar em mim independente de qualquer circunstâncias.

- Eu sempre estou do seu lado. - Passei meus dedos sobre a sua buchecha, queria que ela confiasse em mim.

- Bem, tudo começou quando eu tinha dois meses na empresa. - Ela respirou fundo. - Toda vez que o Menezes ia lá no escritório ele sempre soltava uma cantada pra mim. No início eu não liguei muito, já que sempre me elogiavam pela minha beleza, até o senhor Gibson sempre me elegiava quando aparecia lá no escritório. Mas aí... Pouco tempo depois, ele começou a me olhar de uma forma... Nada profissional.  - Vejo ela tampar o braço. - Ele sempre olhava pra a minha bunda e os meus peitos.  Isso me incomodava bastante, mas já que ele nunca chegou a me tocar eu não reagia, apenas ignorava...   -  Sam me olhou com os olhos cheios de lágrimas. - Mas quando você saiu, ele... Sentou do meu lado e começou a dizer que eu estava bonita aí ele colocou a mão na minha perna e me olhou do jeito asqueroso, foi quando eu dei um murro na cara dele. Na hora eu só estava com tanta raiva que eu só queria esmagar a mão dele para que ele não fizesse isso com mais ninguém.

- AQUELE DESGRAÇADO! COMO ELE OUSA A TE ASSEDIAR?

Senti a fúria tomar conta de mim, me levantei disposto a ir lá e acabar de arrebentar a cara dele.

- Não Freddie, espera! O que vai fazer? - Sam me segurou com os olhos abertos.

- Vou acabar com ele! Eu não posso deixar que ele faz isso com a minha mulher e fique impune. - Eu digo.

- Eu já bati nele, não precisa ir lá, eu sei me defender sozinha. - Ela diz seria. - Eu não quero que as coisas piorem.

Respirei fundo tentando me acalmar, ela tem razão.

- Por que não me contou Sam? Não precisava passar por isso tudo sozinha.

- Como eu poderia contar? Eu era só uma funcionária recém contratada, eu tinha um bebê pra criar, precisava de um emprego! Ele é o diretor da empresa, ninguém iria ficar do meu lado.

Puxei ela para um abraço forte. Eu nunca desconfiei de Menezes, ele era grande amigo do meu pai, quase um tio pra mim.

- Eu sinto muito,  deveria ter prestado mais atenção no que estava acontecendo debaixo do meu nariz.
Prometo que amanhã mesmo eu colocarei ele para fora da empresa.

 So i Promise You - Seddie Onde histórias criam vida. Descubra agora