SINS OF RECKLESS ( DARK ROMANCE )

CAPÍTULO 12

raven.    presente.

A repulsa me consumia, e o peso que se formava no meu estômago parecia querer me arrancar a sanidade enquanto encarava Ezekiel. Cada olhar, cada movimento seu me empurrava para as profundezas das lembranças mais sombrias que jaziam em minha mente.

Meus quadris cessaram seus movimentos, como se o mundo inteiro tivesse parado ao meu redor. Estática, permaneci sobre ele, meu corpo inteiro tremendo, meus olhos queimando, enquanto minha mão vacilava, deixando o canivete cair, soltando de meus dedos.

Então, antes que eu pudesse reagir, senti os braços dele se fecharem ao meu redor, seus músculos tensos, me puxando para seu peito. Ele queria assegurar que eu não faria nada... que o controle era dele, mesmo que por míseros segundos. E assim foi. Em um movimento rápido, ele inverteu nossa posição, me prendendo sob seu corpo mais uma vez.

Um de seus braços firmou-se em meu pescoço, uma pressão implacável que me roubava o ar enquanto sua boca descia por minha pele, deixando uma trilha de beijos molhados desde minha barriga até a intimidade. Meu corpo reagiu por instinto, meus olhos rolando para trás, minha mente lutando para focar em qualquer outra coisa que não fosse a mistura de dor e prazer que ele provocava.

Foi então que minhas pernas se ergueram e se envolveram ao redor de seu pescoço, prendendo-o com uma força que ele poderia facilmente interpretar como uma entrega ao desejo. Mas não era isso. Minha pressão se intensificou ao redor de sua veia jugular, perto da artéria carótida, o fluxo vital de sangue que alimentava seu cérebro começando a se cortar. Em segundos, ele apagou, seu corpo desabando sobre o meu como um peso morto.

Senti cada grama do seu peso esmagando-me, o calor de sua pele contra a minha, e um gemido de esforço escapou de meus lábios enquanto tentava empurrá-lo de cima de mim. Sentada ao lado de seu corpo inconsciente, meus olhos o estudavam, buscando qualquer sinal de que ele ainda respirava. Então, finalmente, me ergui, os músculos doloridos, e me dirigi ao guarda-roupa, puxando um camisetão qualquer e o vestindo, o tecido esfregando-se contra minha pele como um lembrete do que havia acabado de acontecer.

Caminhei de volta até ele, agora inerte no chão, e agarrei seu braço, tentando puxá-lo. Mas ele era pesado, porra. Cada músculo, cada osso, parecia feito de chumbo. Suspirei, o som escapando dos meus lábios como uma última concessão ao cansaço que me invadia, mas ainda assim continuei, arrastando-o pelo chão com uma determinação fria, até a porta.

Girei a maçaneta, abrindo apenas o suficiente para passar com ele. Apoiando-me sobre os joelhos, agarrei novamente seus braços, puxando-o pelo corredor. Quando finalmente o larguei, percebi que Ryker estava ali, seus olhos me observando com uma confusão silenciosa. Senti a saliva descer pela minha garganta, seca, antes de me levantar e voltar ao meu quarto, fechando a porta com um baque que reverberou. Encostei-me contra a madeira fria, minha respiração pesada e irregular, sabendo que Ezekiel não me deixaria em paz.

Nunca.

Meu corpo cedeu ao cansaço, jogando-se na cama, afundando-se nos lençóis como se buscasse um refúgio. Enterrei meus braços sob o travesseiro, deixando meus olhos se fecharem, na esperança desesperada de que o sono me encontrasse antes que meus demônios o fizessem.

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— Tobias está estável. Foi encaminhado ao hospital mais próximo.

A mulher loira, com seus cabelos presos em um rabo de cavalo impecável, aproximou-se com uma graça que quase parecia etérea, trazendo a notícia sobre Tobias, ferido na noite anterior por Ezekiel.

Observei o sorriso de Aiden curvar seus lábios, um gesto que parecia não ter relação com a condição de Tobias, mas sim com a presença de Cassandra. O vínculo entre eles era inegável, uma tensão palpável que pairava no ar como um segredo não dito.