Dilara kurt cresceu no interior de Ancara, onde a vida era marcada pela simplicidade e pelo trabalho duro. Desde jovem, ela e sua família serviram na opulenta mansão dos Karadeniz, uma família poderosa e temida. Noiva de um jovem que a amava, Dilara...
Tabor estava em meio a um sono profundo, o barulho da cela e as conversas dos outros presidiários se tornaram uma espécie de música de fundo para ele. O cheiro da prisão era familiar, mas ainda assim desagradável. De repente, um oficial da polícia entrou bruscamente, iluminando o espaço sombrio com sua presença autoritária.
—Tabor!—gritou, interrompendo seu sono. —Levante-se!
A adrenalina disparou em seu corpo. Ele se levantou rapidamente, sentindo o coração acelerar. Por um momento, imaginou que seria agredido novamente, como tantas outras vezes. Mas ao contrário disso, o oficial o conduziu por corredores frios e úmidos, longe do barulho e das vozes dos presidiários.
Quando chegaram a uma área separada, Tabor foi levado para um pequeno banheiro. A água quente do chuveiro quase o fez esquecer onde estava; ele se permitiu relaxar por alguns instantes enquanto a água escorria por seu corpo musculoso. Após o banho, vestiu uma calça jeans escura e uma polo branca que lhe ofereciam um conforto inesperado. Enquanto se olhava no espelho, admirou seus cabelos longos presos em um coque bagunçado e a barba que deixara crescer. Ele parecia diferente - mais forte e confiante.
Após se vestir, Tabor foi conduzido a uma sala pequena e austera. Havia uma mesa no centro, onde um funcionário aguardava com um envelope em mãos. O coração de Tabor disparou novamente quando percebeu que aquele envelope não era qualquer coisa; era sua passagem para fora daquele lugar.
—Você está sendo liberado—disse o funcionário de forma impessoal, enquanto colocava o envelope sobre a mesa.
Tabor hesitou por um momento antes de pegar o envelope. Ao abri-lo, seus olhos brilharam ao ver o dinheiro dentro. Era uma quantia considerável, mais do que ele esperava receber na saída da prisão. A mente dele começou a correr: onde poderia ir? O que faria agora? Mas antes que pudesse se perder em pensamentos, o oficial que o havia trazido entrou novamente na sala.
—É melhor você se apressar —disse ele com um tom brusco. — Um carro está esperando por você lá fora.
Tabor sentiu um frio na barriga ao perceber que sua liberdade vinha acompanhada de incertezas. Ele se levantou rapidamente e seguiu o oficial pelos corredores frios da prisão até a porta de saída. Cada passo parecia pesado enquanto ele ponderava sobre seu futuro.
Quando finalmente saiu para o ar fresco do exterior, foi recebido pela luz intensa do sol que quase ofuscava seus olhos após tanto tempo sem ver a luz natural. Um carro preto estava estacionado à sua espera, com os vidros escuros refletindo a luz do dia. A atmosfera carregava uma tensão palpável; não era apenas liberdade que estava diante dele.
O oficial apontou para o carro e disse:
—Entre.
Tabor hesitou por um momento, sentindo-se dividido entre a emoção da liberdade e a apreensão sobre quem estava por trás daquela porta aberta do veículo. Ele sabia que não tinha escolha; precisava entrar e descobrir o que aconteceria a seguir.
Com um último olhar para trás - uma mistura de alívio e medo - Tabor subiu no carro e fechou a porta atrás de si. O motorista olhou para ele pelo retrovisor com uma expressão neutra e iniciou o veículo sem dizer uma palavra.
Enquanto as ruas da cidade passavam rapidamente pela janela do carro, Tabor sentiu seu coração pulsar mais forte do que nunca. Ele estava livre, mas sabia que essa liberdade poderia ter um preço alto - algo que ele ainda não compreendia completamente.
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