Dilara estava com uma travessa de comida nas mãos, levaria o almoço do Senhor Reis, nenhum empregado ousou servi -lo.-O homem realmente botou terror .-pensou ela .Ela olhou pelas amplas janelas de vidros seu pai caminhar cabisbaixo pelo jardim ,gritou o seu nome mas ele não ouviu .Dilara deixou a bandeja repousada numa mesa de centro e correu ao encontro do pai ,que por ter um problema numa das pernas andava devagar. Ela correu e o alcançou .
-Papai o que houve ?
-Fui demitido.
-O que ? Por que ? O que senhor fez ?
-Nada filha ,eu sou troncho,não posso trabalhar no Jardim do grande Senhor Reis. -comentou sarcasticamente.
-Mas o senhor exerce essa profissão a anos .O que deu nesse homem ?
-Filha...-Halil segurou ela pelo rosto e beijou a testa da filha.-Em casa conversamos sobre o assunto. Sua mãe já deve ter pego o pagamento. E você volte ao trabalho , não queremos mais um desempregado em casa .
Antes do pai ir embora, Dilara o abraçou .O contato da sua filha o deixou confortável, mas não tirou a tristeza de acreditar que não serviria para absolutamente nada .Dilara voltou ao trabalho ,ao chegar na sala de estar uma funcionária veio lhe avisar que o patrão estava furioso. Ela pegou a bandeja e seguiu até o escritório, ela poderia ficar até desempregada,
mas não deixaria ninguém humilhar seus pais dessa forma tão cruel .Invadiu o escritório,porém o escritório estava vazio ,de repente ela ouviu passos atrás dela , se virou automaticamente, se surpreendeu ao rever aquele homem. A bandeja que carregava veio ao chão no mesmo instante.Os olhos penetrantes dele avaliou todo seu corpo antes de focar no alimento derramado. Pelo seu olhar ele não se agradou ,mas havia mais do que se preocupar. Ele fechou a porta atrás dele ,Dilara tremia ,o corpo todo, Reis a devorava com seu olhar feroz e avançava em sua direção feito um felino.
-Estava com fome,mas derramou meu almoço, mas isso não me importa,meu apetite agora é outro.-disse em duplo sentido.-Como se chamar ?
-Dilara.-disse com dificuldades.
Rapidamente ele se lembrou do que seu irmão lhe disse da jovem qual não conseguiu conquistar.Interessante, Isso foi muito interessante. Já havia ouvido falar dessa moça, ela era filha de Azru e Halil, o servo conxo.
-Seu noivo é um atrevido,acusou
meu irmão de tê-la assediado e colocado fogo na casa qual moraria .-Acredito que o senhor é injusto, pois certamente, Tabor, o meu noivo ,não disse nada além da
verdade.-Língua afiada mocinha, igual ao pai.Por isso que botei para correr daqui.
-Acredito que o senhor esteja equivocado.O senhor ofendeu meu pai,humilhou minha mãe. Dependemos da sua familia para o sustento básico. A vida toda meus pais trabalharam essa família ,nunca conheceram um emprego desde que entrou para essa casa ,o que será deles agora?
O fato dela e sua família ser totalmente dependente dele lhe trouxe vantagem .
-Deveria aprender a calar a boca quando um homem como eu estiver falando. -repreendeu Reis.
-Sim ,senhor, me perdoe não foi intencional.
Apenas acredito...-Cale-se ,não passar de uma serva inútil...-Reis deslizou rapidamente as mãos pelo seu rosto.-Achar mesmo que com esse rostinho angelical conseguirá alguma coisa ?
-Nunca disse isso ...
-Cala a boca-Ele parecia bem zangado. Reis desviou o olhar dela e fitou o chão e pisoteou a comida qual ela derrubara da bandeja.-A empregadinha aprenderá a manter a boca fechada .-Limpe toda essa bagunça imediatamente.
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O Véu da Violência +18
RomanceDilara kurt cresceu no interior de Ancara, onde a vida era marcada pela simplicidade e pelo trabalho duro. Desde jovem, ela e sua família serviram na opulenta mansão dos Karadeniz, uma família poderosa e temida. Noiva de um jovem que a amava, Dilara...