Capítulo 35

209 36 45
                                    

Tabor encontrava-se na sala de interrogatório da delegacia,um ambiente austero e impessoal que contrastava com a incerteza que pairava sobre ele.Sentado à mesa,as algemas em seus pulsos sua condição de investigado,enquanto o tempo parecia se alongar sem piedade.A falta de água deixava sua boca seca ,aumentando a sensação de desconforto e nervosismo que o consumia.

Sem aviso prévio ,a porta da sala se abriu abruptamente,revelando a entrada de dois homens e uma mulher ,
representantes da lei prontos para iniciar o interrogatório.Com os passos firmes ,ocuparam seus lugares estrategicamente ao redor da mesa ,suas expressões sérias e observadoras voltadas para Tabor .

O silêncio tenso que pairava no ar era interrompido apenas pelo som do batimentos acelerados do coração de Tabor ,que se preparava para enfrentar as perguntas incisivas que estavam por vir .

A delegada abriu uma pasta com um movimento preciso revelando um conjunto de fotografias que despertaram uma enxurrada de emoções em Tabor .Seus olhos percorreram as imagens,e seu olhar se fixou em uma em particular .Ali retratava de forma cruel ,estava Halina ,sua ex namorada,
agora imersa em um silêncio eterno.

O choque tomou conta de Tabor ao reconhecer o rosto pálido e sem vida de Halina naquela imagem. Seus lábios roxos e seus olhos vazios pareciam fitá-lo através da fotografia, ecoando a trágica realidade de sua morte .O corpo da jovem estava marcado por hematomas ,indícios visíveis do sofrimento que ela enfrentara.

Incapaz de conter a negação que se agitava dentro si ,Tabor balançou a cabeça em um gesto de recusar,como se buscasse afastar a terrível verdade que as fotografias revelavam .

—O que você pode nos dizer sobre seu relacionamento com Halina , houve algum conflito entre vocês recentemente?—indagou a delegada,olhando firmemente para os olhos de Tabor.

Tabor apertou os olhos , respondeu ainda tentando assimilar tudo que estava acontecendo.

—Nós tivemos nosso desentendimentos,me separei dela quando soube da morte do
meu tio,que consequentemente foi assassinado.Eu não tinha cabeça para lidar com nada, apenas sofrer e me lamentar pela perda.Mas eu jamais faria mal a ela.

—Você tem conhecimento de alguém que pudesse ter motivos para prejudicar ou causar danos a Dilara ?
—questionou um policial, abrindo uma garrafa de água bem na frente de Tabor.

Tabor observou aquele gesto constatando que era uma provocação, visto que ficou 3 hora aguardando a delegada e eles na sala de interrogação da delegacia.

Tabor lembrou de Reis,ele sim era um homem cruel,e certamente teria coragem de machucar uma mulher, pois havia violentado sua ex noiva .

—Reis ,ele sim é um demônio tão cruel ao ponto de tal covardia. Tenho certeza que ele teria coragem de tirar a vida de alguém .—Vociferou com uma determinação que abalou um pouco a delegada.

—Quando o senhor mencionar o nome de Reis,está se referindo ao bilionário Reis Karadenizes ?—perguntou o outro policial,um loiro de cabelos rasos e olhos claros .

—Exatamente, me recordo de ser noivo da sua atual esposa , ela trabalhava naquela mansão como funcionária, assim como seus pais.Ele desde que a viu pela primeira vez, a perseguiu .A prendeu naquela casa ,a obrigando conviver diariamente com ele .Até que a violentou, depois a forçou se casar com ele . —Respondeu Tabor confiante em sua resposta.

Os policiais se entre olharam,surpreso com a audácia do rapaz em revelar o grande mal caráter, de um homem tão poderoso quanto Reis Karadenizes .

—O senhor sabia que Halina estava grávida ?—Indagou a delegada.

O Véu da Violência +18 Onde histórias criam vida. Descubra agora