~Sempre Ao Seu Lado~

~Indo Para Casa~

(JESSIE NA FOTO ACIMA)

Eu e Cristopher ficamos conversando, até que comecei a ficar com sono, não demorou muito tempo para que adormecesse nos braços dele. Cris ficou mais 10 minutos ali comigo depois que caí no sono, se levantou cuidadosamente e saiu com cautela para não me acordar, antes de sair me deu beijo na testa e me cobriu com o edredom.

Acordei no dia seguinte em torno das 9:00 horas, estava me sentindo ótima, me levantei até com um sorriso de orelha a orelha, que era raro isso ocorrer, peguei meu celular e havia diversas mensagens da Lari e da Carol perguntando se eu não queria mudar de ideia e ir para casa delas, neguei, Cristopher estava na escola junto comigo, seria o melhor final de semana, desde que eu passe ao lado dele, aliás, estou com medo de tudo que ocorreu ontem não ter passado de um sonho.

Bom, sendo um sonho ou realidade, a vida continua. Me levantei no maior esforço (tava com preguiça) e fui até o banheiro, fiz minhas higienes e troquei de roupa, prendi o cabelo em rabo de cavalo e fui para o refeitório tomar café da manhã, havia poucas pessoas lá, a maioria desse povo acorda tudo cedo, não sei qual a demência deles, dessa vez tinha várias opções, sucrilhos, pães com presunto, queijo, leite, suco, era raro esse cardápio no café da manhã, peguei tudo que tinha direito, sou fominha mesmo, comida foi feita para ser ingerida, tem que aproveitar.

Terminei de comer e fui até o corredor, parei e fiquei olhando pela janela o pessoal na quadrinha de vôlei. Até que senti alguém pegando na minha cintura e apoiando o rosto no meu ombro, até que reconheci a voz que cochichou um "bom dia" no meu ouvido que eu em seguida deu um beijo no meu pescoço

- Bom dia - me virei e olhei Cris

- Dormiu bem anjo? - sorriu

- Melhor do que nunca - sorri - e você?

- Também - me beijou

Soltei um sorriso e o abracei

- Cê ta bem?

- To - sorri o olhando - só estava com medo de que ontem não tivesse passado de um sonho

- Não - riu - é pura realidade - sorriu

- Que bom - ri

- Vamos lá pra baixo?

- Sim, só que, não acha que vão achar estranho nós dois?

- Acho não, tenho certeza - riu - mas dane-se o que as pessoas pensam, não é?

- Uhum - sorri e o abracei outra vez

Descemos para o jardim, mas no caminho tive uma surpresinha, digamos não muito agradável, mas por outro lado, até me surpreendi e fiquei feliz em vê-los...Meus pais.

- Mãe? Pai? - congelei ao vê-los

- Oi querida - sorriu minha mãe

Olhei para Cristopher e soltei a mão dele, retornei a olhar meus pais que ficaram focados em Cristopher

- Cris, pode me dar um minuto?

- Ta, claro - sorriu e saiu

- Obrigada - sorri

- Espera, aquele não é o garoto que você sempre brigou? - disse meu pai meio confuso

- É, mas a gente ta se entendo agora e, estamos namorando

- Namorando?! Como assim?! - ergueu o tom de voz - minha filha, pelo o que eu saiba esse garoto tem uma ficha de encrencas! Não quero você com ele, não é o certo para você!

- Não venha bancar o papai presente agora! Não sabe nem metade sobre Cristopher, eu sim, conheço ele, sei que não é nenhum santinho, mas eu aceito ele mesmo com todos os defeitos que tem, apesar das atitudes erradas devemos dar uma chance as pessoas para que mostrem seu lado bom, e Cristopher esta se saindo muito bem, ele é carinhoso, e eu o amo, não deveria, mas amo, e não me envergonho disso, eu decido quem é o certo para mim, ficam meses sem vir me ver e quando vem querem mandar em assuntos que mão estão sabendo?! Fala sério! - rolei os olhos, desviei deles e prossegui andando

- Hailey espera! - meu pai me segurou

Respirei fundo, me virei e os olhei, em seguida cruzei os braços.

- Estávamos com saudade... - disse minha mãe

- E por que não vieram antes?

- Estávamos viajando, mais uma aventura para o canal de tv

- É engraçado que vocês se importam mais com a carreira de vocês do que comigo

- Não é verdade, não diga uma coisa dessas, nos importamos muito com você, te amamos Hailey!

- É mesmo mãe? É uma pena que eu não acredite, me colocaram nesse lugar e nem temos uma relação de mãe e filha, ou pai e filha! Passo praticamente todo meu tempo aqui, nunca vou para casa, nunca tenho um momento com vocês, é pedir de mais?!

- Me desculpe minha filha, prometemos que faremos o possível para estar mais com você.

- Promessas e promessas, escuto essa promessa desde os 7 anos de idade, não acredito mais em palavras, acredito em atitudes. Foi bom rever vocês, apesar de tudo, os amo - respirei fundo

- Vamos colocar em prática, agora as coisas vão mudar, você ta crescendo e nós perdendo o seu crescimento, isso é triste - disse meu pai

- Que bom que sabem!

- Estamos de folga hoje, aliás, vamos ficar um tempo de folga, quer ir para casa? Passar o domingo - sorriu minha mãe

- Posso levar Cristopher?

- Hailey, esse garoto não é uma boa companhia... - meu pai respondeu cruzando os braços

- Tudo bem, então não vou! - rolei os olhos e me virei para seguir andando

Eles se olharam e responderam juntos "Ta, ele pode!", me virei e sorri

- Legal - os abracei - vou trocar de roupa e chamar ele, fiquem aqui

- Ta - disseram tos outra vez

Sorri e corri para o quarto.

- Não estou nada contente com isso - pronunciou meu pai olhando minha mãe

- Relaxa querido, vamos dar uma chance ao rapaz. Será uma boa oportunidade de conhece-lo melhor.

- Hum..

Cristopher estava sentado do lado de fora do quarto, me esperando, sorri ao vê-lo e contei a ele, quer dizer, perguntei a ele se queria ir junto.

- Não acha que será uma má ideia? - disse ele se levantando

- Não, muito pelo contrário, vamos dar uma saída daqui, parece que seus pais também não vão vir, vai ficar aqui no tédio? Vamos comigo - sorri

- Esta bem - sorriu

Ele foi para o quarto dele trocar de roupa e eu para o meu, em seguida fomos juntos até meus pais que já haviam avisado na secretária que Cristopher iria conosco.

Fomos para a saída do colégio, entramos no carro e meu pai dirigiu até nossa casa, no caminho ficamos todos em silêncio mas notei que meu pai não parava de olhar no retrovisor só para ver Cristopher, aquilo estava me irritando, a feição dele não estava nada agradável, mas mesmo assim, me contive e mantive quieta.