64. Schism

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CAPITULO SESSENTA E QUATRO
Cisma

Hermione seguiu pisando duro pela Travessa do Tranco, evitando bruxas e vampiros, passando por lobisomens, empurrando bruxos suspeitos sem se importar com sua segurança ou com sua direção, porque ela estava vendo tudo vermelho.

Como ele ousa fazer isso com ela?

Não podia ser verdade. Não depois de Paris…

Ela passou por Noggin & Bonce (cabeças encolhidas), Cobb & Webb's (uma loja de artes das trevas), The Coffin House (para necromantes), Postage's Cauldrons, Trackleshank's Locksmith, Shyverwretch's Venoms and Poison e Spiny Serpent. Ela tinha esquecido que Borgin & Burkes ficava no extremo oposto da Travessa do Tranco. O apartamento de Tom ficava bem na frente do beco, então ela nunca teve que se aventurar muito em suas profundezas.

Quanto mais ela se afastava, mais assustador o lugar parecia. Ela passou por uma loja que vendia ossos, e outra que vendia morcegos e peles. Ela passou pelo Boticário do Sr. Mulpepper, The Starry Prophesier (uma prática mediúnica absolutamente ridícula), e então finalmente, The White Wyvern, um pub de má reputação onde até mesmo os aurores não ousavam olhar muito profundamente. 

Finalmente, ela parou diante da entrada da Borgin & Burkes. Ela não vinha ali desde que ela, Ron e Harry tinham seguido Draco até lá no sexto ano. Suas janelas estavam cheias de itens encantados e antiguidades, e o mesmo esqueleto que tinha aparecido em sua janela no futuro estava lá agora. Não havia mudado muito. Ela olhou para a placa, que dizia "Borgin & Burkes, Estabelecida em 1803, Leiloeiros Licenciados".

Ela não perdeu tempo em abrir a porta e entrar na loja mal iluminada. Um corvo que estava na janela cantou em sua chegada. Hermione olhou ao redor e não viu ninguém na loja. Ainda era bem cedo, então Tom poderia estar lá atrás fazendo o inventário.

Seus pelos se arrepiaram só de estar na loja. Isso a lembrou de Draco e Lucius, e do armário sumidouro que levou os Comensais da Morte para Hogwarts. 

Os Comensais da Morte de Tom.

Foi Voldemort quem enviou Draco para matar Dumbledore; ele enviou um jovem garoto em uma missão suicida.

Havia máscaras penduradas nas paredes. Hermione podia sentir a magia negra vazando delas. Em uma seção da loja, havia bolas de cristal, tabuleiros ouija, espelhos de adivinhação e outros apetrechos de adivinhação. Em uma vitrine de vidro, havia ossos de todos os tipos. Do tipo que só era usado em rituais de magia negra. 

Hermione engoliu em seco ao imaginar Tom arrumando-os na caixa.

Havia velas venenosas, ingredientes para poções e poções perigosas, artigos de vestuário e joias amaldiçoados, uma corda de carrasco e um estranho olho de vidro que seguia Hermione enquanto ela caminhava pela loja. 

Ela já tinha visto o suficiente e estava prestes a chamá-lo quando Tom entrou pela porta dos fundos, atrás do balcão da loja. 

Quando a viu, ele congelou. 

Os olhares deles se encontraram.

Hermione olhou feio para Tom, sua raiva fervendo através da frieza de seu olhar. 

Ele piscou duas vezes, mas, de resto, seu rosto era uma máscara vazia. “Eu disse que escreveria para você no pergaminho, Hermione.”

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