umbrella

14.

- "Eu te amo Giovanna Torres."

Minha noite de sono foi interrompida por algo que eu não ouvia a anos, Valentina era uma pessoa que amava ser amada mas não amava.
Sempre me dediquei do inicio ao fim pelo nosso relacionamento, Valentina era uma mulher complicada, mas nunca desisti da gente. O que separou a gente de verdade foi a traição e se eu me permitisse ficar em algo que no fundo eu sabia que não iria para frente, no final faria mal a mim mesma.

Maya estava dormindo profundo, eu estava próxima do rosto dela, estávamos respirando a respiração da outra. Aquilo não me incomodava, aquilo era a realidade algo que eu queria todos os dias. Eu não tinha medo de viver aquilo como tive com todas que passaram pela minha vida.

Fico uma hora observando cada detalhe do rosto dela, detalhando cada traço e tirando print na minha mente. Eu não queria desgrudar, eu não querida dormir, eu só queria sentir.

- Eu também, maya, eu também...- sussurra no ouvido da morena e dorme minutos depois.

Hoje era o dia da festa, eu estava animada para prestigiar minha mãe. É cinquenta anos de vida, não apenas um aniversário.
O despertador do meu celular toca nove e meia da manhã. Nós duas estávamos na mesma posição que dormirmos, grudadas, abro os olhos lentamente para procurar o meu celular e encontro os olhos castanhos da morena me observando ao acordar.

- Estava me olhando dormir - sorri espreguiçando

- Claro que sim - Sorri - Bom dia torres

- Bom dia manu - tenta dar um selinho nos lábios da morena mas é rejeitada - está me rejeitando - diz incrédula.

- Óbvio, acabei de acordar - tira a coberta - como eu apareci sem roupa??

- Eu retirei para você dormir melhor, você estava bebada.

- Só tirou? - retira a coberta da loira e senta sobre o colo dela.

Maya estava com uma lingerie branca, eu me perdia naquela pele bronzeada dela, seus olhos exalavam luxúria naquele momento.

- Queria muito mais -deslizo a mão que estava na cintura até a bunda da morena - Porém você bebe até perder o juízo.

- Eu não me importaria - Coloca o cabelo da loira atrás da orelha

- Gosto que cada sexo fique marcado na sua mente, então não. - Sobe a mão para os seios da morena coberto com a lingerie branca.

- Aceita tomar um banho comigo torres - levanta do colo da loira e desce da cama

- Não seria uma má ideia manu - levanta e desce da cama.

As duas entram no banheiro, não foi um banho comum, foi um banho demorado com carícias e beijos quentes.

Todos já estavam no café da manhã, incluindo as amigas da loira, todas estavam íntimas e familiarizadas o suficiente após a noite passada.

onze e meia da manhã já estávamos todos reunidos no saguão, um primo próximo levou a banda dele, uma música ao vivo tomou conta do ambiente, alguns ali já estavam bebendo, outros dançando, o clima estava leve e festivo.

O estacionamento era ao lado do salão, o barulho do carro esportivo chamou atenção de alguns que estavam ali, inclusive a atenção da minha mãe. Ela reconheceu pelo barulho, era o Chris, acho que isso vem de fábrica. Todas as mães do mundo babam ovo de filhos homens, elas criam nós mulheres para o mundo e os homens para elas mesmas.
Maya também reconheceu o barulho do carro, ela estava do outro lado do saguão servindo um pouco de bebida, disse para ela que estava cedo mas a mesma não me ouviu, disse que era só um pouquinho e que iria maneirar. Sinto a morena se aproximar de mim e sentar ao meu lado entrelaçando nossas mãos embaixo da mesa.
Ela tinha medo...