“Na manhã de hoje, o corpo do estudante Lucas Oliveira foi encontrado no rio, sob a Ponte Estrela. A descoberta foi feita por uma senhora que fazia sua caminhada matinal, como de costume. A comunidade local está em choque, já que este é o quarto homicídio registrado em apenas dois meses.”
As palavras soavam através da televisão, e meu corpo estremecia devido ao temor que estava sentindo. O rapaz descrito na reportagem, era o mesmo que me atendeu quando fui comprar meu carro.
Que tristeza. Espero que a família consiga superar.
— O mundo está ficando cada vez pior, sabe o que isso significa? — indagou Gracie, mexendo a massa do bolo em uma pequena bacia roxa.
Eu a olhei curiosa, esperando sua resposta.
— Significa que Jesus está voltando. Tudo isso acontecendo... as pessoas estão mais violentas, os crimes aumentando, a Terra morrendo a cada dia... é triste, mas é a verdade.
Maria, que estava por perto, virou-se para a mãe e apontou para a televisão.
— O mundo sempre foi uma merda, mãe, e Jesus não tem nada a ver com isso — respondeu, séria.
Gracie revirou os olhos e voltou para a cozinha, enquanto Maria continuava atenta ao jornal.
— Eu conheci ele — murmurei, sentindo o vazio nos meus olhos.
— O quê? — perguntou ela, me olhando curiosa.
— Quando fui comprar meu carro, foi ele quem me atendeu — falei finalmente, em um tom neutro.
É estranho pensar que o vi antes de morrer? A ideia de que cruzei com alguém, e logo depois ele apareceu morto... é como se eu tivesse presenciado seus últimos momentos de vida.
— Isso foi macabro — disse Maria.
Eu a encarei e ri, tentando aliviar a tensão do pensamento em minha mente. Logo depois, ela pegou o celular, atendeu rapidamente, e revirou os olhos antes de me entregar o aparelho.
— Pra que isso? — perguntei, hesitante em pegar o celular.
— É o Elliot. Ele quer falar com você — explicou, entregando o celular de capa verde.
Suspirei e coloquei o telefone no ouvido, esperando ele falar algo.
— Esqueceu meu número, por acaso? — indaguei, séria.
— Eu te liguei, e não foram só duas vezes, não. O que aconteceu, perdeu o celular no cu? — respondeu ele, cheio de sarcasmo.
Revirei os olhos com a resposta e olhei para a estante onde meu celular estava carregando. É provável que tenha tocado, mas eu vivo com o celular no silencioso.
— Dá pra ir direto ao ponto? — perguntei, massageando as têmporas com a mão.
Houve um silêncio do outro lado da linha.
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Amor abaixo das sombras
FanfictionA rotina comum de Elleithya é subitamente transformada ao encontrar-se inesperadamente com Nevan, um jovem audacioso que deixa o caos em seu rastro. Fascinada pela aura enigmática do rapaz, Elleithya embarca em uma busca incansável por informações s...