➳ Capítulo 13| Jantar em "família"

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O que é o mal? Seriam criaturas sombrias vindas do inferno, ou algo mais mundano, presente em nosso dia a dia?

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O que é o mal? Seriam criaturas sombrias vindas do inferno, ou algo mais mundano, presente em nosso dia a dia?

Ele aparece nas guerras, na ambição desmedida, na crueldade que se esconde em rostos comuns e sorrisos amigáveis. Não precisa de garras ou chifres; muitas vezes, ele se manifesta na indiferença, na omissão diante do sofrimento alheio. Mas quem decide o que é realmente maligno? É uma força externa nos empurrando para o abismo ou algo dentro de nós?

Talvez o mal seja um espelho, refletindo nossos medos e fraquezas, desafiando-nos a ser melhores.

Eu me encarava no espelho, sob a luz branca, enquanto espalhava a pomada sobre a ferida aberta no meu antebraço. Quando terminei, abri o pacote de gaze e a coloquei cuidadosamente sobre o machucado. Enrolei tudo com uma atadura e finalizei com esparadrapo, firmando a bandagem.

Apoiei as mãos na pia e voltei a me encarar no espelho. A raiz do meu cabelo já estava crescida, mas eu não ia retocar.

Desviei o olhar para o braço, refletindo sobre a possibilidade do que poderia ter acontecido. Nunca fui ateia ou contrária às crenças religiosas, mas sei que o que aconteceu não foi algo comum.

Liguei a torneira e molhei as mãos. Com um pouco de água na palma, passei pelo rosto para me manter acordada. Fechei a torneira e saí do banheiro.

Caminhei até a cama e, ao passar pela escrivaninha, peguei o notebook que estava em cima. Sentei na cama, me encostando na parede, coloquei o laptop nas coxas dobradas e o abri, entrando na internet.

Comecei a pesquisar sobre o significado do sonho. Será que fui eu mesma que me arranhei? Provavelmente não, mas queria saber se as pessoas podem se machucar enquanto dormem.

— Vamos lá, internet, colabora — resmunguei, enquanto digitava na barra de pesquisa.

Alguns segundos depois, os resultados apareceram. Cliquei no primeiro link que pareceu interessante. O texto dizia que acordar com arranhões ou marcas de unhas após um sonho pode ser resultado de movimentos involuntários durante o sono, conhecidos como parasônias.

Não fazia ideia disso. Mas mesmo assim, isso não explicava o arranhão no meu braço. Minhas unhas nem são afiadas, e o sonho nem foi tão perturbador a ponto de eu me machucar.

Fechei a página e voltei para a lista de resultados para ver mais sobre o assunto. Um deles dizia "demônio". Será que era algum artigo sobre demônios noturnos? Já vi casos na internet de pessoas que disseram ter visto o diabo, mas nada nunca foi confirmado. Eu nunca vi um demônio de perto, e, por mais orgulhosa que eu seja, não posso negar que pesquisar mais sobre isso pode me ajudar a entender o que aconteceu. Ou pelo menos me dar uma pista.

— Vamos ver, o que temos aqui... — Ajustei a página para ler o parágrafo certo. — "Súcubos e íncubos são demônios que buscam sexo com homens e mulheres, respectivamente, com o objetivo de roubar a energia vital de suas vítimas."

Amor abaixo das sombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora