➳ Capítulo 05| Lúcifer

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O ambiente estava frio, mas eu sentia um calor sobre o peito em meio à escuridão daquele lugar

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O ambiente estava frio, mas eu sentia um calor sobre o peito em meio à escuridão daquele lugar. O sofá macio afundava sob meu corpo, e eu percebia que não estava sozinha.

Meus olhos não se abriram. Minha respiração acelerava, enquanto a ansiedade e o medo pareciam dominar meu corpo. Mas por quê?

Estou sozinha em casa, mas sinto algo me observando. Não consigo me acalmar e estou ficando um pouco aflita.

Tento me acalmar, pensando em coisas positivas. De olhos fechados, sorrio levemente quando minha mente finalmente se alivia.

Sentir algo ao meu lado foi o suficiente para me despertar daquele sono.

Acordei suada, apavorada, com o coração acelerado e dois botões da minha camisa abertos. Olhei ao redor e notei a janela.

Que estranho. Eu jurava que a janela estava fechada antes de dormir.

Levantei-me do sofá e caminhei até a janela. Ao me aproximar, olhei para fora. A rua estava vazia e calma, exceto pela casa ao lado, onde uma rodinha de senhores cachaceiros ouvia sofrência.

Fechei a janela e, assim que a tranquei, ouvi um barulho vindo do quarto.

Caminhei devagar até a cozinha e abri a gaveta branca do armário perto da pia. Peguei a faca de cabo vermelho e, junto com um garfo grande, fechei a gaveta e caminhei com cuidado até o quarto.

Com os pés descalços, tentei evitar qualquer ruído ao tocar o piso liso. Abri a porta com cuidado e olhei ao redor. A janela estava aberta, e um barulho vindo debaixo da cama chamou minha atenção. Abaixei-me rapidamente, segurando a faca e o garfo, e ao ver o que era, suspirei aliviada.

Fiz um leve ruído com a boca e estendi a mão para chamar sua atenção. De debaixo da cama, emergiu um adorável gato preto com enormes olhos azuis que brilhavam na penumbra. Ele veio até mim, ronronando suavemente, sua pelagem macia roçando contra minha mão enquanto eu acariciava sua cabeça.

— Você é tão fofo. Está com fome? — perguntei, um sorriso se espalhando pelo meu rosto.

Levantei-me lentamente, pegando o gato preto em meus braços. Ele se aninhou contra mim, ronronando. Caminhei com ele para fora do quarto, sentindo sua pelagem macia e quente. Ao sair, ele olhava ao redor curioso, seus olhos azuis brilhavam à luz suave do corredor.

Coloquei o gato sobre o balcão e fui até o armário pegar uma tigela. Depois, abri a geladeira e peguei o leite frio. Despejei o leite na tigela, observando o líquido branco preencher o fundo. Coloquei a caixa de leite de volta na geladeira e fechei a porta com um leve clique. Caminhei até o balcão e coloquei a tigela de leite diante do gato, que imediatamente começou a beber.

— O que você está fazendo aqui, amiguinho? Está muito tarde para invadir a casa dos outros. — digo, acariciando-o.

Ele tinha uma coleira com um pingente dourado no pescoço. Ao pegá-lo, vi que estava escrito "Lúcifer".

Amor abaixo das sombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora